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Investimentos

09 de Junho de 2021 as 22:06:32



AGRONEGÓCIOS, ALIMENTOS & BEBIDAS - Relatório de Desempenho - Junho/2021


Agronegócios, Alimentos e Bebidas - Relatório Setorial  -  Junho/2021
 
Por Mary Silva, CNPI e
Melina Constantino, CNPI
Dados de mercado
 
Desempenho mensal
 
A BRF apresentou a maior valorização do mês, após a compra de participação relevante pela Marfrig. Ambev também teve desempenho bastante positivo, principalmente após a divulgação de seus bons resultados trimestrais.
 
AGRONEGÓCIOS – Panorama Setorial
 
► Grãos
 
Exportações de soja novamente superaram os números de maio do ano anterior, tanto em volume como em receita. 
 
Expectativas de perdas na segunda safra de milho vão se confirmando, mesmo com a colheita ainda no início.
 
Resumo. 
 
Dados preliminares da Secex para maio mostram avanço de 16,3% a/a no volume exportado de soja. A receita cresceu 56,3% a/a, com o forte avanço de 34,4% a/a no preço médio, que atingiu US$ 448/ton. 
 
Diante das previsões de estoques de passagem reduzidos e do aumento da demanda mundial, os preços devem continuar voláteis e em altos patamares no curto prazo.
 
Em relação ao milho, o Brasil exportou cerca de 13,9 milhões de toneladas em maio, queda de 44,2% a/a, enquanto a receita retraiu 34,1% na mesma base de comparação. Com o início da colheita da segunda safra de milho brasileira, as expectativas de perdas têm se confirmado, em razão do clima mais seco no mês de maio nas principais áreas produtoras.
 
Perspectivas.
 
O primeiro relatório sobre as perspectivas da safra mundial 2021/2022 divulgado pelo USDA, Departamento de Agricultura dos EUA, no mês passado, trouxe estimativas de aumento de estoques finais de soja e milho, porém esses devem continuar em níveis bastante reduzidos. 
 
Assim, o monitoramento constante de fatores climáticos no Brasil e nos EUA, e o acompanhamento das condições das lavouras dos grãos serão os principais direcionadores dos preços no mercado mundial.
 
►  Carne Bovina 
 
As exportações de carne bovina recuaram no mês de maio na comparação com o ano anterior, mas o preço por tonelada apresentou alta de 12,2%, refletindo o bom momento da proteína animal no mercado externo.
 
Resumo. 
 
Dados preliminares da Secex mostram queda de volume de exportações de carne bovina (-18,2% a/a) e redução da receita (-8,2% a/a) no mês de maio. O preço médio atingiu US$ 4.934 por tonelada, alta de 12,2% a/a, e o maior valor desde dezembro de 2019. 
 
No mercado interno, o preço da arroba permanece em patamares elevados, com alta de 1,0% no mês de maio. O clima mais seco estimulou o pecuarista a não reter os animais no pasto, ampliando a oferta, mas não em quantidades suficientes para provocar queda de preços.
 
Perspectivas.
 
A retomada da atividade econômica nos EUA, com o aumento do consumo fora do lar, e a demanda aquecida na China contribuem para a manutenção de expectativas positivas para as exportações de carne bovina. 
 
A partir de junho e até meados de setembro o mercado deve enfrentar maior escassez de gado terminado, no período de entressafra do boi no Brasil. Com isso, os preços da arroba devem continuar com pressão altista, mesmo que o consumo doméstico de carne bovina ainda não tenha dado sinais de recuperação.
 
►   Carne de Frango e Suína 
 
Exportações de carne suína registram nova alta na comparação anual, mesmo com uma base de comparação já elevada. Elevações da cotação do milho continuam pressionando as margens de frigoríficos e avicultores.
 
Resumo.
 
De acordo com os dados preliminares da Secex, houve aumento de 0,7% a/a em volume e de 54,7% a/a em receita nas exportações de carne suína em maio. O preço médio cresceu 9,9% a/a e atingiu US$ 2.606/ton.
 
Os embarques de carne de frango cresceram 2,9% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano anterior, enquanto a receita cresceu 19,4%. 
 
Apesar da recuperação, no acumulado de 12 meses, o volume de exportações de carne de frango retraem 2,1% a/a. No mercado interno, os altos preços dos insumos seguem elevando os custos para os frigoríficos.
 
Perspectivas.
 
No exterior, ainda que a China esteja em processo de recomposição de seu rebanho suíno, a produção ainda não tem sido suficiente para suprir a sua demanda interna pela proteína, o que deve ocorrer somente em meados de 2022. Assim, as exportações de carne suína para o país devem continuar em alta no Brasil.
 
De modo geral, no mercado doméstico, a menor disponibilidade de renda das famílias, ainda sob o impacto da pandemia, segue prejudicando a demanda de carne de frango e carne suína, mesmo no cenário em que essas proteínas sejam substitutas da carne bovina, que continua com preços ainda mais elevados.
 
►   Proteína Animal EUA 
 
Em maio, as exportações de carne bovina dos EUA recuaram 26,3% em relação a abril, enquanto exportações de carne de frango avançaram 0,7% m/m. A suspensão de exportações de carne bovina da Argentina devem favorecer exportadores norteamericanos e brasileiros ao longo do mês de junho.
 
BEBIDAS – Panorama Setorial
 
Nova melhora do índice de confiança do consumidor sinaliza perspectivas mais positivas para a demanda, enquanto o índice de confiança do empresário do setor de bebidas se manteve inalterado no mês de maio.
 
Resumo. 
 
A confiança do empresário do setor de bebidas ficou estável em maio, em relação a abril, em 52,9 pontos. Já o índice de confiança do empresário industrial cresceu 4,8 pontos em um mês. A despeito de a taxa de desemprego ter atingido 14,7% no primeiro trimestre do ano, nível bastante elevado, a confiança do consumidor continuou avançando, sinalizando perspectivas mais positivas para o segmento. 
 
Em abril (último dado disponível), a produção de bebidas ficou abaixo dos três primeiros meses do ano.
 
Perspectivas. 
 
Mesmo com o cenário macroeconômico ainda desafiador, as ações da Ambev se valorizaram 20,1% no mês de maio em meio a expectativas de recuperação da economia, com o avanço esperado do processo de vacinação no segundo semestre do ano, que deverá aumentar o consumo em bares e restaurantes, e com o crescimento do PIB do 1T21 maior do que o previsto pelo mercado. 
 
Apesar das dificuldades da pandemia, a Ambev conseguiu se adaptar ao ambiente competitivo para não perder rentabilidade, conforme acompanhamos na divulgação de seus resultados do primeiro trimestre do ano.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito, elaborado por
MARY SILVA, CNPI e MELINA CONSTANTINO, CNPI, do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: MARY SILVA, CNPI, MELINA CONSTANTINO, CNPI, do BB INVESTIMENTOS





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