Todos nós já ouvimos a frase “um pequeno gesto de amor pode fazer um grande diferença”. Em outras palavras, isso significa que trabalho voluntário é sinônimo de mudança social. Hoje é sabido que um número cada vez maior de pessoas e empresas praticam ações de responsabilidade social que, em teoria, caberiam ao Estado. São práticas que geram benefícios para todas as partes envolvidas. Para uma empresa, podem garantir sua boa imagem no mercado; para a pessoa, o ato faz aumentar sua autoestima; para aquele que é acolhido, o voluntariado proporciona conforto, amor e carinho.
No Lar Escola Cairbar Schutel (LECS), o trabalho voluntário ocupa um papel importante nas atividades desenvolvidas pela entidade, que abriga 60 meninos e meninas em situação de alto risco social. De acordo com o vice-presidente Haércio Suguimoto, “a atitude de cada voluntário reverte para o futuro dos nossos abrigados. É um trabalho que nos dá condições de aperfeiçoar o atendimento personalizado aos assistidos proporcionando-lhes uma infância saudável e o mais próximo possível de uma vida familiar comum”.
Resumindo, voluntariado é fundamental para a formação pessoal das crianças que estão no LECS. As atividades responsáveis do Lar são diversas: vão desde o preparo das refeições em almoços beneficentes, auxílio para a montagem e desmontagem dos bazares, triagem, reparo e manutenção das mercadorias recebidas em doação para revenda, conserto de equipamentos domésticos e transporte das crianças para a escola ou passeios planejados, etc.
Um dos casos dessa corrente pela melhor infância das crianças são as oficinas elaboradas pela tecelã Judithe Tarasantchi. Foi em 2009 que a participante do Grupo Kavaná, que realiza atividades recreativas no LECS e contribui com campanhas de doação, conheceu o Lar Escola cairbar Schutel. A partir de então ela se encantou com o trabalho realizado na instituição e decidiu ir além, em prol dos abrigados. “Decidi realizar um trabalho individual de tecelagem que consiste em ensinar aos pequenos o ofício desta arte. A minha proposta foi aceita e, então, formei uma oficina com as crianças”, menciona.
Neste trabalho, a voluntária diz que a ideia primordial era mesclar uma atividade que pudesse ser artística e lúdica com a aprendizagem em si. “Nada é obrigatório, só participavam as crianças que quisessem. Acontece que a oficina foi muito bem aceita pelas crianças, pois despertava nelas a curiosidade para a arte do tear”.
Judithe conta que, a partir daí, o interesse dos pequenos pelas aulas tornou-se cada vez maior. “As crianças são muito ansiosas e capazes e, por conta disso, conhecei a orientá-las para fazerem um projeto que ia muito além da aprendizagem, no qual elas pudessem realizar de fato produtos de suas autorias”, diz.
Nesta etapa, Judithe passou a conversar sobre o que cada criança queria produzir: bolsas, cachecóis, roupas de boneca, etc.
O trabalho voluntário não apenas mostrou aos assistidos o quanto eles são capazes e sobre o ensinamento do tear, mas também contribuiu para o controle emocional das crianças. Judithe declara: “Além dos critérios artísticos, as aulas foram um grande desafio no sentido de ensinarem as crianças a capacidade de concentração e de controle sobre suas ansiedades. Muitas deles queriam começar um projeto e acabá-lo logo. Trabalhar com os pequenos é algo extremamente gratificante e a minha ideia é dar continuidade aos próximos projetos para que elas não parem e sigam em frente”.
Para o vice-presidente do Lar Escola Cairbar Schutel, “o auxílio de pessoas que doam o seu tempo para ajudar o próximo é fundamental”. Ele cita que a principal campanha da entidade para este ano é incentivar o voluntariado e trazer mais pessoas para esta corrente. “Atualmente, nosso quadro de voluntários contém pessoas que fazem atividades no LECS há muito tempo. Precisamos renovar este quadro!”, argumenta. E finaliza: “Para o voluntário, o trabalho desenvolvido reflete-se em sua alma, gerando auto-estima e sentimento de utilidade. É um bem psicológico. Para a criança abrigada, cada atitude responsável incidirá sobre sua formação e escolhas no futuro, momento em que a criança se tornará um adulto de respeito e valor”.
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Lar Escola Cairbar Schutel (www.cairbarschutel.org)
Fundada em 17 de janeiro de 1963, a instituição possui capacidade para atender gratuitamente 60 crianças – meninos e meninas, de 0 a 17 anos, em situação de risco social.
Desde sua fundação, a entidade já acompanhou a vida de 611 crianças. Dessas, 580 retornaram para o seu lar de origem, 10 foram adotadas internacionalmente e 21 foram adotadas no Brasil.
Seu objetivo é ser uma instituição beneficente reconhecida como centro de referência em administração do Terceiro Setor, oferecendo lar, educação, cuidados médicos, alimentação e ensinamentos morais para formar cidadãos conscientes de seus direitos e deveres.
Os pilares que baseiam a entidade são: cidadania, ética, integridade e honestidade para com toda a sociedade, união, fraternidade, humildade e fé raciocinada.
Visite:
Rua Francisco Preto, 213 – Vila Morse – São Paulo. Fone: (11) 3742-0516
Fonte: LINK Portal da Comunicação
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