Diário do Mercado na 6ª feira,, 15.07.2016
Bolsa opera próxima à estabilidade reagindo a indicadores norte-americanos e chineses, assim como atentado em Nice.
Favorecido em maior parte pelos bons números divulgados nos EUA e China, e tendo o atentado de Nice na França como pano de fundo, o Ibovespa operou próximo à estabilidade e encerrou em ligeira alta de 0,18%, aos 55.578 pts, encerrando a semana com alta de 4.59%, e acumulando agora +7.86% no mês, e +28.21% no ano. O giro financeiro da Bovespa foi de R$ 6,89 bilhões.
No dia 13 (último dado disponível), houve ingresso de capital externo da ordem de R$ 100 milhões na Bolsa, elevando o acumulado líquido do mês a R$ 2,5 bilhões e do ano a R$ 15,15 bi.
Na agenda econômica (pg.3 do anexo), internamente, o IGP-10 divulgado pela FGV, que mede a inflação do dia 11 do mês anterior ao dia 10 do mês de referência apresentou uma alta de 1,06% em julho, desacelerando ante o mês anterior, quando veio em 1,42%.
Em um comparativo ano contra ano, o indicador mostrou alta de 12,18%, e somente em 2016 a alta é de 6,45%.
A desaceleração mensal ocorreu destacadamente graças à redução das tarifas de energia elétrica, que ficaram 0,19% mais baratas no período. Outros itens que contribuíram foram medicamentos em geral, cigarros, roupas, gasolina e mensalidade para internet.
Externamente, na China o PIB surpreendeu positivamente, apresentando crescimento de 6,7% na comparação anual do segundo trimestre, ante aguardado em 6,6% pelo mercado, assim como também as vendas do varejo e produção industrial, vieram acima das estimativas.
Nos EUA, números também considerados bons foram divulgados hoje, como a inflação ao consumidor (CPI), assim como seu núcleo, que apesar de não excederem as estimativas do mercado, denotam o moderado crescimento norte-americano.
Também por lá as vendas do varejo vieram ligeiramente mais fortes do que o esperado, reforçando a idéia de manutenção das condições satisfatórias de atividade econômica.
Câmbio e Juros Futuros
No mercado de câmbio, com mais uma atuação do Bacen nas ofertas de leilões de swap cambial reverso de dólar, embora de modesto impacto, e contabilizando o aumento da aversão a risco mundial ocasionada pelo atentado em Nice, a divisa norte-americana valorizou-se perante o real e encerrou cotada a R$ 3,2797 (+0,90%).
No embalo da maior aversão a risco global na sessão, no mercado de juros futuros na BM&F praticamente todos os vencimentos avançaram ao longo da estrutura a termo da curva, com exceção dos mais longos.
Já o CDS brasileiro de 5 anos, cuja trajetória de queda já durava 5 dias fechou em 295 pontos ante 293 na véspera, mas ainda sustenta o importante patamar abaixo de 300 pontos.
Nos mercados estrangeiros, o dia foi de interrupção pontual dos ganhos das sessões anteriores, com a aversão a risco derivada do noticiário relativo ao atentado em Nice, mesmo com bons números na economia em diversos mercados.
Na Europa, ações ligadas a turismo como setor hoteleiro e comércio de artigos de luxo sofreram quedas expressivas e contribuíram para a retração das bolsas regionais.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do marcado na 6ª feira, 15.07.2016, elaborado por Rafael Freda Reis, CNPI,analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS.