Agenda recheada de indicadores otimistas impulsiona mercados doméstico e externo.
Reagindo a uma miríade de fatores positivos, o Ibovespa fechou em alta de 2,16%, aos 53.140 pts, acumulando agora +3,13% no mês, e +2,59% no ano. O giro financeiro da Bovespa foi de R$ 5,97 bilhões.
No dia 06 (último dado disponível), houve retirada de capital externo da ordem de R$ 97 milhões na Bolsa, reduzindo o acumulado líquido do mês a R$ 624 milhões e do ano a R$ 13,26 bilhões.
A agenda econômica (pg.3 do relatório anexo) foi intensa. Internamente, o IPCA de junho apresentou alta de 0,35%, ligeiramente abaixo das estimativas de mercado em 0,37%. O número, embora considerado positivo, trouxe consigo preocupação devido à ausência de arrefecimento dos preços dos alimentos, como por exemplo o feijão e o leite longa vida que, sozinhos, representaram na medição quase 60% da alta.
O anúncio na noite de ontem da meta fiscal para 2017, orçada em R$ 139 bilhões, abaixo do que era esperado - entre R$ 150 e R$ 160 bi – também foi considerado positivo, embora o detalhamento do plano deixe em aberto algumas fontes de receitas como privatizações, IPOs, aumento de impostos e concessões. Externamente, o Payroll surpreendeu os analistas com a aparente retomada da pujança do mercado de trabalho norte-americano.
Após os fracos números de maio, em junho foram criados 287 mil postos de trabalho, muito acima dos 180.000 esperados. O número foi bem recebido pelo mercado, que considerou positiva a retomada do nível de atividade do maior motor da economia global, ao mesmo tempo que os desdobramentos ainda incertos gerados pelo Brexit mantêm afastado por hora o temor quanto à alta das Fed Rates.
Para a próxima semana (pg.4), a agenda inclui importantes dados como a prévia do IGM-M, o IGP-10 e vendas no varejo domesticamente. Externamente, teremos a definição da taxa de juros do BC europeu e, nos EUA, o Livro Bege, IPP e IPC.
Câmbio e Juros Futuros
No mercado de câmbio, com a ausência do Bacen, que interrompeu a sequência de intervenções nos leilões de swap cambial reverso de dólar, e refletindo o positivo noticiário doméstico, o dólar perdeu força perante o real e fechou cotado a R$ 3,3013 (-1,97%).
Também precificando a percepção de melhora no cenário brasileiro, no mercado de juros futuros na BM&F houve forte retração da curva futura em toda a sua extensão. Já o CDS brasileiro de 5 anos acompanhou o bom humor e recuou para 309 pontos ante 322 na sessão anterior.
Nos mercados estrangeiros, com exceção da Ásia, cujas bolsas estavam fechadas quando da divulgação do Payroll nos EUA, praticamente todos os mercados mundiais avançaram, na esteira dos números surpreendentes da economia norte-americana.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 08.07.2016, elaborado por Rafael Freda Reis, CNPI, analista de investimentos do BB INVESTIMENTOS
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