Hás de chegar com teu silêncio
povoado de vozes
solidárias,
hás de chegar imaculada
e purificadora
para o verdadeiro
juizo sem culpa.
E nós que te construímos pedra sobre pedra,
nós que te buscávamos
e te esperávamos,
até sempre
e para sempre,
nós te receberemos,
e caberás como gota de cristal
na palma da nossa mão.
Não diremos teu nome por demais conhecido,
não adjetivaremos tua presença,
serás como o real absoluto
sem sombra de dúvida,
como a fé
e o amor.
Silenciaremos diante do teu milagre
palpitando por todos os que se imolaram por ti.
Ainda que por um momento,
serás o pão no deserto,
e logo passaremos varados de prodígio
para cantar a brevidade do teu nome.