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Economia e Finanças

13 de Abril de 2015 as 14:04:40



CLASSE C na Crise - Estratégias para driblar crise econômica


Classe C busca estratégias para driblar crise econômica
 
Em 2005, o poder de consumo da classe C somava em torno de R$ 791,47 bilhões e, este ano, a projeção é que alcance R$ 1,35 trilhão, diz  presidente do Instituto Data PopularAgencia Brasil
 
O atual momento de instabilidade econômica está levando a classe social C brasileira a buscar estratégias para driblar a crise, disse à Agência Brasil o presidente do Instituto Data Popular, Renato Meirelles.
 
A classe C inclui os brasileiros cuja renda varia entre R$ 338,01 e R$ 1.184. A renda da classe média, da qual faz parte a classe C, que corresponde a 56% da população, subiu 71% nos últimos dez anos compreendidos entre 2005 e 2015.
 
Em 2005, o poder de consumo da classe C somava em torno de R$ 791,47 bilhões e, este ano, a projeção é que alcance R$ 1,35 trilhão, informou Meirelles.
 
Pessimismo no geral, otimismo no plano pessoal
 
Pesquisa recente feita pelo Instituto Data Popular mostra que o pessimismo predomina em relação à vida do país: 55% dos brasileiros da classe C esperam piora do emprego este ano e 79% preveem que os preços seguirão subindo.
 
Apesar disso, Meirelles disse que os brasileiros da classe C estão otimistas com relação à vida pessoal:
 
“[No total], 62% acham que a vida vai melhorar, porque confiam neles próprios, na capacidade de, por um lado, fazer economia. Estão pesquisando mais preços; como subiram as tarifas públicas, eles estão economizando na luz, estão comprando no atacado para fazer economia”.
 
O presidente do Data Popular relatou que, por outro lado, as pessoas da classe C estão buscando uma renda extra. A pesquisa revela que 42% dos trabalhadores já estão fazendo bico para conseguir uma renda extra.
 
“É o professor que passou a dar aulas em escola particular, é o cidadão que durante a semana trabalha em um escritório e vai trabalhar como garçom no sábado e domingo, são as pessoas que fazem um doce para vender no escritório. Estão se virando para não ter que dar um passo atrás no consumo.”
 
Renato Meirelles disse que o crédito nunca foi tão importante para os trabalhadores da classe C como agora. Só que ao contrário da classe A, para a qual o cartão de crédito funciona mais como um meio de pagamento, para não andar com dinheiro vivo, para a classe C esse meio é, de fato, um instrumento de crédito.
 
“Em geral, o pessoal da classe C tem dois cartões de crédito e fica variando a data para conseguir até 40 dias para pagar. Ele procura vantagens econômicas efetivas para conseguir economizar o dinheiro ou ter aquele crédito tapa-buraco para garantir as compras no final do mês”,
 
relatou.
 
Por ser a maior classe do país, ela é a mais atingida pela crise, proporcionalmente. A análise individual mostra que a inflação afeta mais as classes D e E, que estão mais na informalidade. Meirelles avaliou, entretanto, que a classe C tem mais fôlego no momento de crise porque estudou mais “e cada ano de estudo equivale a 15,7% a mais no salário mínimo”.
 
Para a classe C, sustentou Meirelles, crise não é exceção.
 
“Crise é regra. Esse cara cresceu na crise, aprendendo a se virar, e hoje está dando um jeito de manter as suas contas”.
 
Meirelles externou sua confiança na capacidade da classe média brasileira de conseguir manter seus sonhos de pé.
 
A vigilante Danielli de Souza Maia é um exemplo de trabalhadora que sabe se virar para garantir o consumo. Ela negocia com os vendedores do sacolão para obter preços mais baratos para os alimentos e prefere ir às compras pouco antes do fechamento do estabelecimento porque acredita que, dessa forma, tem mais condições de barganhar descontos. Muitas vezes, deixa de comprar em um lugar para fazer compras em outro que oferece melhores promoções. Danielli vende também bijuterias e faz bolo para poder ajudar que o orçamento familiar chegue até o outro mês.
 
Michele da Silva Miranda tem cinco filhos e trabalha em serviços gerais. Ela também prefere fazer compras nos dias em que há ofertas promocionais. “Levo o encarte, porque não aceito propaganda enganosa,  porque o que ganho é pouco”, Michele disse que vende produtos de beleza, passa roupa e, às vezes, até faz faxina na casa de terceiros. “Isso não é vergonha para ninguém, não. Me viro nos 30”.
 


Fonte: Agência Brasil





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