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Economia e Finanças

16 de Março de 2015 as 12:03:07



RELATÓRIO FOCUS - Mercado dramatiza comportamento dos indicadores econômicos


O mercado financeiro orquestra suas previsões tenebrosas sobre o comportamento futuro da economia brasileira 
 
 
Em sintonia com o comportamento dos manifestantes nas ruas, o mercado financeiro orquestra, com finalidade política, suas previsões teneboras sobre o comportamento futuro da economia brasileira.
 
Um de seus instrumentos para isso é o Boletim Focus, editado pelo Banco Central, e que consolida os pontos de vista e expectativas pesquisados semanalmente pelo BC, junto aos bancos e empresas de consultoria que prestam serviços às organizações financeiras. 
 
IPCA
 
Segundo o Boletim Focus desta semana, a inflação medida pelo IPCA Índice de Preços ao Consumidor Amplo encerrará o ano em 7,93%, e não mais  em 7,77% como na previsão da semana anterior.
 
O mercado financeiro estima em 12,0% o crescimento dos preços administrados, que são aqueles regulados pelo governo, tais como   os da gasolina e da energia. A estimativa da semana passada estava em 11,18%.
 
PIB
 
Com relação ao PIB Produto Interno Bruto, a projeção é que a economia terá retração de 0,78%. A previsão da semana passada estava em 0,66%.
 
Ignorando a rentabilidade oferecido pela elevação do cãmbio -- que está a R$3,24 na cotação da 6ª feira última -- o mercado financeiro espera queda de 2,19% na produção industrial. A estimativa da semana passada estava em recuo de 1,38%.
 
Câmbio
 
No caso do câmbio, a projeção é que o dólar encerre o ano em R$ 3,06, nível superior à previsão anterior de R$ 2,95. Na 6ª feira, 13.03, a moeda norte-americana terminou o dia cotada a R$ 3,24, o maior valor desde 2 de abril de 2003.
 
Taxa SELIC
 
A expectativa para o fechamento da Selic, taxa básica de juros da economia e principal instrumento do BC para controle da inflação, permaneceu em 13% ao ano para 2015. Isso significa que o mercado espera que o COPOM Comitê de Política Monetária da instituição eleve a taxa mais uma vez este ano em 0,25 ponto percentual.
 
Em sua última reunião, nos dias 3 e 4 de março, o COPOM subiu a Selic em 0,5 ponto percentual, chegando a 12,75% ao ano. O patamar de elevação confirmou apostas dos analistas.
 
Dívida Pública
 
A estimativa da dívida líquida do setor público permaneceu em 38% do PIB. A estimativa do déficit em conta-corrente, que mede a qualidade das contas externas, ficou em US$ 79,5 bilhões,. A projeção anterior era US$ 79,1 bilhões.
 
Balança Comercial
 
O saldo previsto para a balança comercial recuou de US$ 4 bilhões para US$ 3 bilhões. Os investimentos estrangeiros estimados caíram de US$ 60 bilhões para US$ 57,5 bilhões.
 
A Estratégia do Mercado Financeiro
 
O objetivo imediato e não declarado do mercado financeiro é pressionar e paralizar o governo federal e forçá-lo a subir a SELIC e, com isso, elevar a rentabilidade dos bancos.
 
Pré Sal
 
Mas outros objetivos permeiam a estratégia do mercado. Um deles é reverter o regime de partilha estabelecido para a exploração do Pré Sal para favorecer os investimentos e a rentabilidade de organizações estrangeiras e brasileiras atuantes nesse mercado; e com isso garantir maior fluxo de recursos nos bancos e nas bolsas.
 
Concessões das Usinas Hidroelétricas
 
Outro objetivo das instituições financeiras, esse mais imediato, é a reversão dos planos do governo federal de promover nova concorrência pública para concessões das usinas hidroelétricas, que deverão ser entregues de volta ao governo nos anos de 2015 e 2016; cujas empresas atuais detentoras da concessão mantem seus planos de renovar com exlusividade e sem concorrência as concessões, entre elas a CESP e a CEMIG, que têm tido presença importante no mercado financeiro e em bolsas de valores.
 
Política Salarial
 
Fronteira estratégica de atuação política do mercado financeiro é igualmente a revisão da política salarial do governo, sob os falsos argumentos de que sua atual configuração impede o crescimento da produtividade e de que o crescimento da renda do trabalho não obtiveram respaldo em capacitação do trabalhador.
 
Contrapondo-se a esse pensamento, a avaliação de economistas como Wilson R Correa, da MP Consultoria, é de ganhos de produtividade não tem sido obtidos na economia brasileira em razão de o empresariado não estar realizando, há alguns anos, os necessários investimentos em novas tecnologias produtivas. Com isso a economia brasileira tem acumulando perdas crescentes de produtividade e perdido mercados.
 
Sobre esse aspecto, o interesse empresarial reside sobre a queda da legislação salarial vigente para que sejam obtidos ganhos derivados de maior lucratividade obtida sobre salários rebaixados. Por essa razão  a resistência empresarial em realizar novos investimentos enquanto a política de valorização do salário mínimo não é alterada pelo governo. Essa também a razão da FIESP e da FEBRABAN terem se antagonizado à candidatura presidencial de Dilma Rousseff, em 2014.


Fonte: Redação do JF com informações da Agência Brasil.





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