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Investimentos

03 de Fevereiro de 2015 as 14:02:30



INVESTIMENTOS- BRADESCO - Resultados do 4º trimestre/2014


BRADESCO - Resultados do 4º trimestre de 2014
 
Resultado resiliente com ROE acima de 20%
 
O Bradesco mais uma vez reportou um bom resultado trimestral, com lucro líquido recorrente de R$ 3.993 milhões, 2,9% acima de nossas estimativas e com o ROE se mantendo acima de 20%. Conforme já esperávamos, o banco divulgou perspectiva de crescimento de crédito de um dígito para 2015, na faixa entre 5% e 9%, após a carteira de crédito expandida apresentar crescimento de apenas 6,5% em 2015, não cumprindo o guidance revisado no 3T, que previa um crescimento entre 7% e 11%. Porém, este fato não ofusca o bom resultado, que apresenta uma Margem Financeira (NIM em inglês) resiliente, com a recomposição dos spreads compensando o baixo crescimento do crédito e o mix da carteira. O ponto negativo do resultado foi o salto de 14,6% T/T verificado nas despesas administrativas. Estimado versus realizado. O resultado financeiro (NII) demonstrou a força do modelo de negócios do banco, ficando 5,7% acima de nossas estimativas, beneficiado pelo avanço de 23,2% no resultado de seguridade na receita de juros.
 
As despesas de PDD ficaram ligeiramente acima de nossas estimativas, em 2,0%, pois esperávamos uma redução maior do que os 1,2% T/T. A receita de serviços veio em linha com nossas estimativas, apresentando crescimento de 3,5% T/T. As despesas operacionais ficaram 1,9% acima de nossas estimativas, devido ao crescimento superior ao previsto nas despesas administrativas, impactadas por maiores gastos com publicidade no período, porém, o banco apresentou evolução nas despesas operacionais de 5,6% A/A, abaixo da inflação acumulada no período. Com isso, o lucro recorrente ficou 2,9%, ou R$ 113 milhões, acima de nossas  estimativas.
Perspectivas. O Bradesco, mais uma vez, apresentou um resultado positivo, demonstrando a resiliência de seu modelo de negócio que, mesmo com o fraco desempenho da economia brasileira, apresenta evolução do lucro líquido de sonoros 25,9% no acumulado de 2014, ante o ano anterior. Este resultado só foi possível devido à aposta certeira que o banco fez na diversificação de suas fontes de receitas, diminuindo a dependência do crédito, e na melhoria dos indicadores de eficiência operacional, com rigoroso controle de despesas operacionais. 
 
Aproveitamos o guidance apresentado para atualizar nosso modelo e alteramos nossa recomendação para Outperform (de Market Perform), com preço alvo elevado para R$ 42,70 (de R$ 41,30) para o final de 2015.
 
 
Carteira de Crédito. A carteira de crédito classificada pelo conceito do Bacen apresentou bom crescimento trimestral de 3,2%, em linha com nossas estimativas, com as modalidades voltadas para o segmento PMEs crescendo acima do esperado, o que compensou o fraco desempenho no segmento de pessoas físicas. O banco mantém sua estratégia de maior seletividade na concessão e crescimento de crédito focado em linhas de menor risco como crédito imobiliário, o consignado, e operações com grandes empresas. A inadimplência deu sinais de melhora após dois trimestres de alta (+20 bps), e desta vez apresentou recuo de 10 bps T/T. 
 
Valuation. Ajustamos nosso modelo, incorporando o novo guidance, o que elevou o lucro por ação (EPS) de 2015 e 2016 em 1,6% e 2% respectivamente, para R$ 1,26 e R$ 1,42 e alteramos nosso preço alvo para R$ 42,70 (de R$ 41,30) para o final de 2015, elevando a recomendação para Outperform (de Market Perform). Este preço é baseado em um valuation por desconto de dividendos (DDM) de três estágios, no qual assumimos um custo de equity (Ke) de 15,5%, com um crescimento nominal na perpetuidade (g) de 6%. A ação do Bradesco (BBDC4) está sendo negociada a um múltiplo de 1,7x P/BV15 e de 8,5x P/E15.
 
 
Confira no anexo a íntega do relatório sobre o desempenho do BRADESCO no 4º trimestre/2014, assinado por CARLOS DALTOSO e MARIO BERNARDES JÚNIOR, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS.

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: CARLOS DALTOSO e MARIO BERNARDES JÚNIOR, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS





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