Movimento do mercado financeiro em 07.01.2015
O Ibovespa iniciou em alta, apoiado nos positivos futuros de Wall Street e das principais bolsas europeias. O índice manteve paulatina tendência ascendente ao longo de todo o pregão, com favorável volume financeiro, além de ter testado uma resistência próxima aos 50 mil pts, e teve alta praticamente generalizada, indicando recomposição de carteiras. Os avanços das bolsas de Nova York corroboraram com os ganhos na bolsa brasileira.
Nos EUA, a ata do Fed, referente a sua última reunião nos dias 16 e 17 de dezembro de 2014, entre outras considerações, citou: que as condições do mercado de trabalho melhoraram; que um menor preço de energia poderá impulsionar o consumo - apesar de acreditar que a queda do preço do petróleo e a alta do dólar poderão ter somente efeitos temporários; que o mercado imobiliário deverá seguir vagaroso; e que a inflação vai subir gradualmente em direção ao alvo de 2% - mesmo observando que deverá ceder no curto prazo. Enfim, o documento foi bem recebido pelos investidores, visto que, também, não fez referência a um possível início de elevação da taxa de juros.
No índice, os setores com melhores desempenhos foram: Bancos; Siderurgia/Mineração; Petróleo/Petroquímico; e Consumo. Destaques individuais positivos ponderados para: ITUB4 (R$35,8; +3,62%; giro de R$452 milhões); BBDC4 (R$36,89; 3,97%; giro de R$388 milhões); PETR4 (R$8,67; 4,08%; giro de R$718 milhões); ABEV3 (R$16,51; 2,48%; giro de R$326 milhões); BRFS3 (R$64,3; 4,47%; giro de R$174 milhões); VALE5 (R$19,99; 3,63%; giro de R$380 milhões); e PETR3 (R$8,45; 4,84%; giro de R$272 milhões).
O índice doméstico fechou aos 49.463 pts (+3,05%), acumulando +1,96% na semana, -1,09% no mês, e -1,92% em 12 meses. O giro da Bovespa foi R$7,52 bilhões (R$7,22 bilhões no mercado à vista), com o volume do Ibovespa em R$6,34 bilhões. No último dado disponível, a bolsa brasileira teve entrada de capital externo de R$173,018 milhões no dia 3, acumulando R$559,355 milhões em janeiro, (+R$2,22 bi em dezembro; +R$1,68 bi em novembro; -R$0,97 bi em outubro; +R$4,23 bi em setembro; +R$1,92 bi em agosto; +R$3,48 bi em julho; +R$1,37 bi em junho; +R$5,32 bi em maio; +R$1,936 bi em abril; e +R$2,944 bilhões em março).
Câmbio.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$2,7070 (+0,33%), acumulando +0,56% na semana, +1,96% no mês e +13,98% em 12 meses.
O Banco Central informou que o fluxo cambial em dezembro foi negativo em US$14,050 bilhões (segmento financeiro em -US$14,542 bilhões e conta comercial em +US$492 milhões.
Assim, em 2014, o fluxo cambial encerrou com saldo negativo de US$9,287 bilhões (-US$12,261 bilhões em 2013 e +US$ 16,7 bilhões em 2012), com o segmento financeiro negativo em US$13,424 bilhões e a conta comercial com superávit de US$4,137 bilhões.
Nos juros futuros (DI), as taxas registraram pequenos recuos até o DI outubro/17 e a partir daí, na ponta mais longa da curva da estrutura a termo da taxa de juros, apresentaram graduais elevações.
Indicadores.
Nos EUA, a geração de empregos privados, mensurada pela ADP, e considerada como sinalizador para o payroll (criação de vagas na economia), registrou 241 mil postos de trabalho em dezembro, versus 227 mil (dado revisto de 208 mil) em novembro, acima do consenso de mercado, em 225 mil. Na Alemanha, a taxa de desemprego recuou para 6,5% em dezembro, ante 6,6% em novembro – que também era o consenso de mercado.
Agenda da semana.
No Brasil, IGP-DI, IPC-Fipe, dados do setor automotivo e produção industrial (08.01) e IPCA e capacidade instalada (09.01); nos EUA, ata do Fed, ADP variação setor empregos privados e balança comercial (0701), dados de seguro-desemprego e crédito aoconsumidor (08.01) e payroll (criação vagas economia - exceto agrícola) e taxa de desemprego (09.01).
Confira no anexo a íntegra do relatório assinado por NATANIEL CEZIMBRA e HAMILTON MOREIRA ALVES, analistas de investimentos do BB INVESTIMENTOS.
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