Diário do Mercado em 11.08.2014, 2ª feira
O Ibovespa fechou em alta acompanhando o clima de otimismo nas bolsas mundiais com a diminuição das tensões geopolíticas na Ucrânia e em Gaza, além da intervenção dos EUA no Iraque.
Na Ásia os mercados também foram impulsionados pelos dados favoráveis da inflação ao consumidor na China, que vieram abaixo da meta, o que abre espaço para maiores estímulos por parte do governo.
Das 70 ações que compõe o índice Bovespa, 56 fecharam em alta, com destaque (em contribuição positiva) para: (PETR4, +4,30%), (BBDC4, +2,79%), (ITUB4, +1,83%), (PETR3, +3,47%) e (CIEL3, +3,15%).
O índice doméstico terminou em 56.613 pts, em alta de 1,87%, passando a acumular 1,40% no mês, +9,91% no ano e +13,51% em 12 meses. O giro do Ibovespa foi de R$ 4,45 bilhões.
Saída de Capital Externo
No último dado disponível, a bolsa brasileira registrou saída de capital externo de R$ 205,297 milhões no último dia 07. Em agosto o saldo está negativo em R$ 915,9 milhões, e no acumulado de 2014, R$ 14,795 bilhões.
O dólar comercial (interbancário) fechou em queda de 0,28%, cotado a R$ 2,2771, cedendo com o anúncio do BC, na sexta-feira, de ampliar o volume de oferta de swaps cambiais da rolagem dos vencimentos de setembro.
Os juros futuros (DI) recuaram com o dólar e deflação mais intensa do que a esperada no IGP-M, dando menor inclinação à estrutura a termo de taxa de juros.
Indicadores.
No Brasil, No Brasil, o Relatório Focus com a mediana das expectativas do mercado divulgado em 11.08. mostrou queda na previsão do PIB para 2014, passando de 0,86% para 0,81%.
A previsão para os índices de inflação também mostram queda em relação à semana passada: IPCA (de 6,39% para 6,26%), IGP-DI (de 4,33% para 3,98%) e IGP-M (de 4,40% ara 4,05%). A previsão para a produção industrial manteve-se em -1,53%.
A taxa de câmbio também não sofreu alteração, permanecendo em R$ 2,35 para o final do período. A primeira prévia do IGP-M de agosto trouxe deflação de 0,31%, em linha com o consenso de mercado de -0,29%.
Na China, o índice de preços ao consumidor aumentou 2,3% em julho na comparação anual, enquanto o índice de preços ao produtor caiu 0,9% na mesma base anual de comparação, ante -1,1% no mês anterior.
Confira no anexo o relatório completo de análise do desempenho do mercado em 11.08.2014, elaborado pelo analista de investimentos Fábio Cardoso, do BB Investimentos