Diário do Mercado em 07.08.2014
O Ibovespa fechou em queda hoje acompanhando as bolsas mundiais, que continuam sofrendo com acirramento das tensões geopolíticas na Ucrânia após retaliação da Rússia às sanções impostas por EUA e UE.
Também puxaram os mercados hoje os dados da produção industrial da Alemanha, que renovaram as preocupações sobre a recuperação econômica da zona do euro.
Das 70 ações que compõe o índice, 18 fecharam em alta, com destaque para: (CIEL3, +1,76%), (UGPA3,+2,41%), (ABEV3,+0,58%), (ESTC3, +3,18%) e (TIMP3,+1,64%).
As maiores contribuições para a queda foram: (ITUB4,-0,89%), (BBDC4,-1,05%), (BVMF3,-2,80%), (PETR4,-0,79%) e (PETR3,-1,26%).O índice doméstico terminou em 56.188 pts, em queda de 0,53%, passando a acumular 0,64% no mês, +9,09% no ano e +18,42% em 12 meses. O giro do Ibovespa foi de R$ 4,84 bilhões.
No último dado disponível, a bolsa brasileira registrou retirada de capital externo de R$ 176,407 milhões no último dia 05. Em agosto o saldo está positivo em 48,030 milhões, e no acumulado de 2014, R$ 15,759 bilhões.
Os juros futuros (DI) tiveram pouca alteração, com os contratos mais longos apresentando elevação ao longo da curva. O dólar comercial (interbancário) fechou em alta de 0,74%, cotado a R$ 2,2928, acompanhando movimento de valorização da moeda americana frente a 14 das 16 principais moedas globais e também sobre a maioria de 24 moedas emergentes. Indicadores.
No Brasil, o IGP-DI (medido pela FGV) mostrou deflação de 0,55% em julho, ante 0,63% no mês de junho.
Nos EUA, os novos pedidos de seguro desemprego mostram nova redução para 289.000 na semana passada, contra 302.000 na semana anterior. O estoque de trabalhadores amparados pelo seguro também reduziu-se para 2.518 mil, contra 2.538 mil na semana anterior.
Na zona do euro, o banco central europeu manteve inalteradas as taxas de juros (taxa principal em 0,15%, taxa de redesconto em 0,40% e taxa sobre o excesso de reservas negativa em 0,10%).
Na Alemanha, a produção industrial subiu 0,3% em junho, porém a expectativa era de aumento de 1,2%, considerando que no mês anterior houve redução de 1,7%. Na comparação anual, houve queda de 0,50%, ante crescimento de 1,1% em maio e expectativa de aumento de 0,3%. Agenda.
A semana ainda terá amanhã: no Brasil, IPCA de julho;
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nos EUA: prévia do custo de mão de obra do segundo trimestre;
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no Reino Unido: balança comercial;
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na Alemanha, balança comercial e
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na China, IPC.
Confira no anexo a integra do relatório sobre o comportamento do mercado neste 07,08.2014, elaborado pelo analista de investimentos Fábio Cardoso, do BB Investimentos