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Economia e Finanças

17 de Junho de 2014 as 17:06:13



ARGENTINA na iminência de um default técnico ... calote.


O ministro da Economia da Argentina, Axel Kicilloff, anuncia, logo mais, as medidas que o governo pretende tomar para evitar que o pais entre em um default técnico - termo do economês para explicar o descumprimento de qualquer cláusula contratual entre credor e devedor, que o cidadão comum chama de calote.
 
A Argentina sofreu duro revés, na 2ª feira, 16.06, no longo processo de normalização de suas relações com os credores, interrompidas pela crise de 2001, quando o país declarou moratória a divida de US$ 144 bilhões. 
 
A Suprema Corte dos EUA não aceitou o apelo do governo argentino para rever as decisões dos tribunais de primeira e segunda instância, favoráveis aos chamados “fundos abutres”, que compraram títulos "podres" da divida, com descontos, para depois cobrar a totalidade na Justica.
 
Enquanto os grandes credores aceitaram participar do plano de reestruturação da dívida argentina, com descontos, entre 2005 e 2010, os pequenos credores, donos de títulos no valor de US$ 1,3 bilhão, preferiram cobrar o valor de face, na Justiça, e ganharam em todas as instâncias.
 
Agora, o governo da Argentina alega não poder cumprir a setença no momento, porque tem outras prioridades.
 
A quantidade a ser paga é relativamente pequena, mas a presidenta Cristina Kirchner discursou em cadeia nacional, na noite de ontem, e explicou que hesita em desembolsar logo a quantia e encerrar a discussão.
 
“Por que não pagamos já? Porque existem outros credores que estariam em condições de cobrar US$ 15 bilhões agora. Isso é mais da metade das reservas do Banco Central”,
 
disse ela.
 
Quando a Argentina superou a crise da moratória de 2001 e retomou o crescimento econômico, os governos de Nestor Kirchner (2003-2007) e de Cristina Kirchner negociaram com 93% dos detentores dos títulos da divida e reduziram o total negociado a US$ 82 bilhões.
 
Os credores aceitaram o desconto proposto de 60%, que acabou sendo menor (entre 30% e 40%), porque muitos papeis estavam atrelados ao desempenho do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas e bens produzidos no país).
 
Uma minoria de credores (7%) preferiu enfrentar a batalha judicial para cobrar a totalidade, mas desse grupo apenas uma pequena parte (os fundos NML, Aurelius e 13 credores particulares) chegou às últimas instâncias. Os outros credores minoritários percorre o mesmo caminho, nos tribunais, e seus casos podem ter o mesmo desfecho.
 
“Se não pagar o que deve aos fundos abutres, a Argentina corre o risco de entrar num default técnico”,
 
explicou à Agência Brasil o economista Fausto Spotorno.
 
“Nesse caso, teria que voltar a renegociar a dívida e estaria começando do zero”.
 
 Desde 2001, mesmo sem ter acesso a créditos externos, a Argentina conseguiu saldar sua divida com o Fundo Monetário Internacional (US$ 10 bilhões). Em maio, o governo fechou um acordo para pagar em cinco anos a divida de US$ 9,7 bilhões com o Clube de Paris, e neste mês terá que pagar US$ 900 milhões aos credores que aceitaram os programas de reestruturação.
 
A Argentina também fechou acordo com a empresa petrolífera espanhola Repsol, que foi expropriada: vai pagar uma indenização de US$ 5 bilhões - parte em títulos da divida.
 
“Faltava resolver o caso dos fundos abutres”,
 
disse Spotorno. No discurso de ontem, Cristina disse que o país pretende honrar seus compromissos, mas não pode submeter-se a “uma extorsão” que beneficia apenas uma minoria.
 
Apesar de os Kirchners terem “desendividado” o pais (no sentido de que pagaram seus credores, sem pedir mais dinheiro emprestado), o certo é que a dívida argentina é maior hoje do que em 2001. Gira em torno de US$ 200 bilhões.
 
“O motivo é que muitos juros não são resgatados; são reinvestidos” -
 
explicou Sportorno.
 
 
OBS.: Clube de Paris é formad– instituição de 19 países desenvolvidos, criada para ajudar governos em apuros financeiros.


Fonte: Agência Brasil

 
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