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Economia e Finanças

20 de Março de 2014 as 19:03:33



ENERGIA - Mercado financeiro estrila com a queda da rentabilidade futura das empresas do setor energético


Em 2014 o preço da energia cairá 70%, o Governo quer baratear o custo da energia para a população e as empresas do setor produtivo, reduzindo o famoso Curso-Brasil. A população agradece, mas o mercado financeiro estrila.
 
 
Economistas chefes de instituições financeiras perguntaram nesta 5ª feira, 20.03, a membros da equipe econômica do governo se os problemas ocorridos no setor elétrico são conjunturais ou causados pela falta de chuvas no país neste período.
 
Eles estiveram em Brasília para discutir os problemas do setor elétrico com os secretários Arno Augustin, do Tesouro Nacional, e Márcio Holland de Brito, de Política Econômica.
 
“Isso é uma dúvida importante 'pra' caramba. Temos que concordar",
 
disse o economista José Márcio Camargo, da Opus Investimentos, referindo-se ao questionamento dos economistas. Segundo Camargo, o encontro serviu para discutir a lógica do mercado de energia e procurar explicações para algumas questões.
 
No último dia 13, o governo anunciou uma série de medidas para o setor elétrico, entre  as quais a autorização de contratação de um financiamento de R$ 8 bilhões pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica para que as distribuidoras paguem suas dividas com as geradoras. O financiamento será ressarcido com o aumento de tarifas que será escalonado a partir de 2015.
 
Grandes bancos reunidos preocupados com blecaute ?!  
 
Participaram do encontro desta quinta-feira em Brasília, conforme a agenda distribuída pelo Ministério da Fazenda, representantes dos bancos Bradesco, Fator, Itaú-BBA, Santander, Votorantim, Bank of America, Citibank, Crédit Suisse, Gradual Investimentos, HSBC,  JP Morgan e Opus Investimentos.
 
A discussão sobre os leilões futuros de energia também fez parte da pauta. De acordo com Camargo, o assunto foi o que tomou a maior parte do tempo da reunião, que durou duas horas.
 
O economista não quis, porém, informar quais foram as questões colocadas, nem  se os secretários deram algum tipo de resposta.
 
“Existe uma tentativa de resolver a questão. É um setor complicado, difícil de entender, e o objetivo da reunião foi deixar as coisas mais claras”,
 
disse Camargo. Ele admitiu que, mesmo com o encontro, algumas dúvidas não foram esclarecidas.
 
“Não tinha expectativa de que sairia daqui com dúvidas. Acho que elas existem dentro do próprio governo. É um setor difícil, que tem prazo e preço. E afeta o macro, porque é um mercado importante."
 
Em 2014 cairá 70% o preço da energia em favor dos consumidores 
 
No ano que vem, vencem as concessões de usinas hidrelétricas que somam cerca de 5 mil megawatts, o que irá diminuir o preço da energia para os consumidores. Essa energia, que voltará para o governo, atualmente é comercializada a R$ 100 o megawatt médio. Após a renovação da concessão, o preço cairá para R$ 30 o megawatt médio. José Maria Camargo ressaltou que não foram tratados no encontro temas como superávit primário e inflação.
 
 
Nota da Redação do Jornal Franquia
 
O objetivo da reunião foi tornar evidente ao governo federal o interesse do setor financeiro de que, na definição de normas dos leilões de energia, o preço teto da energia a ser produzida pelos novos grupos que tomarão posse das usinas e das distribuidoras, que esse teto viabilize a rentabilidade das empresas que vençam os leilões e a distribuição de lucros aos acionistas, investidores institucionais, bancos e todo o mercado financeiro.
 
Os grandes bancos privados brasileiros e estrangeiros tiveram sua participação nesse encontro com os secretários do Tesouro e de Política Econômica do Ministério da Fazenda, mas mantiveram-se low profile junto à imprensa, manifestando-se apenas o Sr. José Maria Camargo, economista brasileiro consagrado, vinculado a um pequeno banco de investimentos. 
 
Em 2014 o preço da energia cairá 70%, o Governo quer baratear o custo da energia para a população e as empresas do setor produtivo, reduzindo o famoso Curso-Brasil. A população agradece, mas o mercado financeiro estrila: "muita interferência do governo no setor privado!", este é o mote e o jargão entoado pela ortodoxia econômica, da PUC Rio à FEBRABAN, passando pela Casa das Garças e forjando subrrepticiamente o discurso dos candidatos a destronar Dilma Roussef, ainda que com zero de apoio popular potencial.  
 
Alem desses aspectos, esse encontro da direção dos bancos com as autoridades econômicas parece evidenciar a expectativa dos bancos na provável vitória de Dilma Roussef nas próximas eleições presidenciais.
 
A ausência de Guido Mântega nesse Encontro, por sua vez, evidencia que a FEBRABAN ainda não curou as feridas da "interferência" da Fazenda na elevada rentabilidade dos bancos em suas operações especulativas no mercado futuro de câmbio. Ademais, torna também cristalino que a alta gerência dos bancos considera que Mântega possivelmente não fará parte da equipe econômica do governo no possível segundo mandato de Dilma Roussef.


Fonte: Agência Brasil, com chamada de capa, subtítulos e nota da Redação do Jornal Franquia.





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