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Economia e Finanças

16 de Março de 2014 as 22:03:24



EXPORTAÇÕES - Superavit de US$ 7 Bi em 2014, segundo AEB, mas há controvérsias


Balança pode fechar 2014 com déficit
 
Com rombo de US$ 6,1 bilhões no primeiro bimestre de 2014, a balança comercial brasileira pode ganhar fôlego até junho com o aumento dos embarques de soja.
 
Mas, embora o movimento deva garantir alguns meses de superávit, as perspectivas para o ano são incertas.
 
Especialistas trabalham com a possibilidade de um pequeno superávit, a exemplo do saldo de, aproximadamente, US$ 2,6 bilhões registrado em 2013, ou mesmo de saldo negativo para este ano.
 
 
 
Vilão da balança comercial no ano passado, o petróleo não mostrou, até o momento, reversão satisfatória do desempenho negativo em 2014. A conta-petróleo fechou 2013 deficitária em US$ 20,1 bilhões.
 
Nos dois primeiros meses deste ano, reduziu em US$ 1 bilhão o déficit na comparação com o mesmo período do ano passado, de US$ 4,6 bilhões para US$ 3,6 bilhões.
 
O governo tem manifestado expectativa de melhora. No entanto, para Walber Barral, consultor e ex-secretário de Comércio Exterior, a questão pode não ter solução tão rápida.
 
“O Brasil aumentou muito a exportação de petróleo [bruto] comparativamente a quatro, cinco anos atrás. Mas também está importando muito [produtos] refinados. Você tem um atraso nos projetos de exploração [de petróleo]  e um aumento no consumo [interno] de produtos refinados. Como aumentou muito o consumo de gasolina, por exemplo, o Brasil deve recorrer à importação”,
 
avalia Walter Barral.
 
O presidente da AEB Associação de Comércio Exterior do Brasil, José Augusto de Castro, destaca também a necessidade de acionamento das termelétricas em função da baixa nos reservatórios de água. Ele ressaltou que isso levou a um aumento nas importações de óleo diesel.
 
“Quando fizemos projeção [para a balança comercial] em dezembro, não se sabia que haveria uma queda tão forte [nas exportações de petróleo e derivados]. Em janeiro aumentou, mas em fevereiro caiu. O governo elevou a participação de etanol na gasolina, para aumentar o consumo do álcool e reduzir o de gasolina [diminuindo, assim, as importações do derivado de petróleo] mas não adiantou”,
 
comenta Castro.
 
Outra dificuldade para melhora do desempenho da balança em 2014, essa já esperada, é a queda de preço das commodities. Em alguns casos, como o da soja, o volume dos embarques compensou a redução de preços.
 
Os produtores brasileiros anteciparam o envio da soja para garantir os preços atuais, o que contribuiu para o volume elevado registrado no início do ano. Em fevereiro, por exemplo, foram embarcadas 2,79 milhões de toneladas, 190,7% mais que em igual período de 2013.  
 
A expectativa é que, em abril, maio e junho, com o início efetivo da safra, a quantidade cresça e garanta resultados superavitários para a balança, mesmo com a estiagem no Paraná e as chuvas em Mato Grosso provocarem redução na estimativa de colheita.
 
Segundo Robson Mafioletti, assessor da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e da Expedição Safra, projeto do setor privado que faz levantamentos sobre a safra de grãos, a aposta é que a projeção de embarque de aproximadamente 45 milhões de toneladas não sofrerá grande alteração.
 
“Mesmo com essa quebra de safra, [a quantidade a ser exportada] é um pouco maior que a do ano anterior [que foi 43 milhões de toneladas]. (...) Isso [a soja] deve garantir superávit para o meio do ano. Depois que acabar, é outro problema”,
 
acrescenta José Augusto de Castro, da AEB. Ele lembra que, além do grão, o dólar valorizado pode dar fôlego às exportações. A alta da moeda norte-americana teve início em 2013, mas o efeito desse tipo de movimento na balança não é imediato.
 
Argentina e Venezuela: expectativa de perda de US$ 4bi nas exportações brasileiras
 
A redução nas exportações brasileiras para Argentina e Venezuela, tradicionais parceiras comerciais, também deve afetar a balança em 2014. A Argentina enfrenta uma crise econômica e vem aplicando forte desoneração cambial. Na Venezuela, há temor dos exportadores em fechar negócio, pois tem havido atraso na liberação dos pagamentos.
 
José Augusto de Castro, projeta perda de aproximadamente R$ 3 bilhões no caso da Argentina e R$ 1 bilhão em se tratando da Venezuela.
 
Ante tantas variáveis, não há definição sobre como fechará a conta das exportações e importações brasileiras este ano.
 
Superavit  de US$ 7 bilhões, segundo a AEB
 
A projeção oficial da AEB Associação de Comércio Exterior do Brasil, ainda não alterada, é superávit de US$ 7,2 bilhões. No entanto, José Augusto de Castro acha difícil um resultado positivo nesse patamar.
 
Deve ser menor, podendo até ser déficit”, acredita.
 
O consultor Walber Barral, por sua vez, acredita que o país repetirá o desempenho de 2013.
 
"A perspectiva é manter o quadro do ano passado. Provavelmente, um superávit muito pequeno”,
 
prevê.


Fonte: Agência Brasil





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