BB Investimentos analisa 4T13 de Vale
"Um ano de grande evolução para a Vale", avalia o analista Victor Penna
Outperform
Ticker VALE3
Preço em 26/02/2014 R$ 32,52
Preço para 12/2014 R$ 46,20
Upside 42,1%
Ticker VALE5
Preço em 26/02/2014 R$ 29,02
Preço para 12/2014 R$ 44,40
Upside 53,0%
A Vale apresentou um sólido resultado operacional, impulsionado principalmente pela elevação nos preços de minério e pela desvalorização cambial no período.
O segmento de metais, com destaque para o níquel, também ajudou a impulsionar o resultado da companhia. Após um ano de grandes progressos em redução de custos, desinvestimentos em ativos non core e foco na execução de execução de alguns projetos-chave para sustentar seu desempenho em um ambiente mais volátil, a companhia ainda segue sustentada por bons fundamentos e sem a pressão da dívida junto ao Governo após a adesão ao REFIS.
Bulk Materials: forte aumento em preço de minério
O resultado da Vale no 4T13 apresentou crescimento na receita operacional de minério de ferro e pelotas de 7,6% em relação ao trimestre anterior, sobretudo devido ao aumento de 7,0% no preço médio de minério e de 9,5% no volume vendido de pelotas.
Apesar da queda de 2,2% na produção após problemas de excesso de chuvas que afetaram as operações e embarques no Sistema Sudeste, a Vale adquiriu 3,8 milhões de toneladas de minério de ferro de terceiros e manteve o volume de vendas do insumo estável T/T. No trimestre, a China ampliou a representatividade na receita operacional para 41,9%, demonstrando uma aparente recuperação em seu desempenho econômico.
No segmento de carvão, a melhora operacional em Carborough Downs ajudou no volume recorde de vendas de metalúrgico que, somado a um preço médio 4,5% superior, resultou em uma receita total com carvão 57,2% maior T/T. Em 2013, a receita de bulk materials avançou 28,0% sobre o ano anterior, devido à desvalorização cambial, maiores preços e volumes vendidos.
Metais: receita de níquel sustenta resultado.
O segmento de metais básicos apresentou desempenhos operacionais distintos pois, enquanto o volume de níquel vançou 11,3% sobre o trimestre anterior, em parte amparado pelo reinício das operações em Onça Puma, o de cobre recuou 3,7% no mesmo comparativo que, apesar do ramp up de Salobo I, operou em dezembro abaixo da capacidade nominal, segundo a companhia.
Como o preço médio praticado de níquel se manteve praticamente estável, e o de cobre continuou sofrendo pressão diante do receio em relação às novas ofertas entrando no mercado nos próximos anos, a receita operacional do primeiro avançou 10,6%, enquanto do segundo acabou recuando 12,6%.
As vendas de PGMs e ouro T/T foram impulsionadas pelos maiores volumes vendidos. Com relação ao segmento de Fertilizantes, a Vale reportou queda no volume de vendas em quase todos os produtos fosfatados que, somados a menores preços praticados, resultaram em uma receita 28,0% menor T/T. Em 2013, os maiores volumes vendidos de cobre, níquel e ouro – muito em função do ramp up de alguns projetos – impulsionaram o resultado do segmento, mesmo tendo a queda de preços compensado parte desse desempenho.
Custos e Resultado Operacional
No 4T13, os maiores volumes adquiridos de terceiros (+R$61 milhões), principalmente de minério e de pelotas, os custos referente aos contratos de energia comprados no mercado spot (+R$213 milhões) e os maiores gastos com frete (+R$379 milhões) resultaram no aumento do CPV consolidado em 6,5% T/T.
Já as despesas operacionais tiveram um aumento de 15,0% sobre o 3T13, devido ao maior dispêndio com o aumento de contratação de serviços de terceiros e pessoal, parcialmente compensado pelas despesas préoperacionais e de parada, cujo recuo foi de R$ 211 milhões. Com isso, a Vale acabou encerrando o trimestre com um EBITDA ajustado de R$ 15.137 milhões, valor 12,3% superior ao registrado no trimestre anterior.
Confira no anexo o relatório completo de análise do desempenho da VALE no 4º trimestre/2013, elaborado por Victor Penna, do BB Investimentos