Acusações atingem o chefe-de-gabinete de Mântega e seu adjunto, originadas da Revista Época, do grupo O Globo
Dois assessores do ministro da Fazenda, Guido Mantega foram tornados suspeitos em acusações de receberem propina. Fiche, chefe de gabinete de Mantega, e Humberto Alencar, adjunto de Fiche, são suspeitos de terem recebido R$ 60 mil em dinheiro vivo da empresa Partnersnet, contratada para prestar assessoria de imprensa ao ministério.
Os dois assessores encontram-se em férias desde 18.11, pediram e terão sua exoneração publicada na edição de 2ª feira, 01.12, do Diário Oficial da União. Em nota oficial emitida nesta 6ª feira, Fiche informou que pediu ao ministro para sair do cargo assim que voltasse das férias para dedicar-se à sua defesa e favorecer as investigações.
Fiche ressaltou que a licitação para a escolha da empresa ocorreu dentro da legalidade e gerou economia aos cofres públicos por causa do método do pregão eletrônico, que oferece menor preço, em vez dos critérios que misturam técnica e preço.
Revista Época, da Globo
Há duas semanas, a revista Época publicou que Fiche e Alencar teriam recebido R$ 60 mil em dinheiro vivo da Partnersnet. Na véspera da publicação da reportagem, Mantega enviou ofício ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pedindo a investigação pela Polícia Federal do contrato entre a empresa e o Ministério da Fazenda.
De acordo com a revista, uma ex-funcionária da Partnersnet denunciou o superfaturamento do contrato entre a empresa de assessoria de imprensa e o ministério.
Responsável pela fiscalização do contrato, Alencar, segundo a publicação, assinava prestações de contas com funcionários fantasmas e excesso de horas trabalhadas para justificar o valor a mais pago pelo ministério. Segundo a ex-funcionária, Alencar e Fiche recebiam parte da diferença.