Escolhido pela presidenta Dilma Rousseff para atuar como um embaixador em questões comerciais com outros países, o vice-presidente Michel Temer aproveitará a primeira viagem à China, nesta semana, para buscar apoio a uma das principais bandeiras da política externa brasileira: a reformulação do Conselho de Segurança da ONU e a conquista de uma vaga permanente no órgão internacional.
“Eu, certamente, farei lá um apelo às autoridades chinesas no sentido de ajudar o Brasil no seu pleito, a essa altura antigo, de inclusão no Conselho de Segurança da ONU”,
afirmou o vice-presidente à Agência Brasil. Ele embarca na próxima 6ª feira (1º.11) para a China, onde participará, entre os dias 4 e 9 de novembro, de eventos em Macau e no Cantão e fará visita oficial a Pequim.
A expectativa é que Temer tenha audiência com o presidente Xi Jinping, que assumiu o mandato em 14 de março e já se reuniu com a presidenta Dilma no mês passado, durante a cúpula do G20, em São Petersburgo, na Rússia.
O Conselho de Segurança foi criado em 1945 para garantir a manutenção da paz e é o único órgão do sistema internacional capaz de adotar decisões obrigatórias para todos os Estados que são membros das Nações Unidas, podendo, inclusive, autorizar intervenção militar para que suas resoluções sejam garantidas.
Dos 15 países do conselho, cinco são membros permanentes – EUA, Reino Unido, França, Rússia e China – e dez são rotativos, ficando dois anos no órgão e sendo substituídos. O voto negativo de apenas um membro permanente configura veto a uma eventual resolução do conselho.
Durante a abertura da 68ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, em 24 de setembro, Dilma Rousseff disse que o Conselho de Segurança mostra-se incapaz de