O vice-presidente dos EUA, Joe Biden, chegou a Brasília nesta 5ª feira, 30.05. Será recebido por Dilma Roussef na 6ª feira.

Com agenda cheia de pedidos comerciais vultosos, BIDEN discursa generalidades e vem oferecer recepção de Dilma Roussef  como chefe de estado na Casa Branca

Em sua agenda a busca do apoio brasileiro à menor dependência norte americana do petróleo do Oriente Médio, isto é, a garantia de venda do petróleo bruto do Pré-Sal aos EUA; seu apoio às empresas norte americanas participantes das novas licitações do Pré-Sal; e, ainda, o convencimento do governo brasileiro para adquirir os caças norte americanos, ao invés dos caças suecos ou franceses.

Com relação aos caças, corre a seu favor o apoio francês à candidatura do representante do México para a diretoria geral da OMC. E, com relação ao petróleo, os problemas de caixa poderá ter a Petrobras  para fazer frente aos investimentos bilhardários ainda por vir.

Será também que ele veio negociar a aquisição de urânio in natura para as novas usinas atômicas privadas norte americanas ?  Seria esse o custo para uma autorização norte americana e da AIEA Agência Internacional de Energia Atômica para o Brasil poder aumentar sua produção de urânio enriquecido para suprir Angra I, Angra II e Angra III, hoje dependentes de importações de urânio enriquecido ?

No discurso de chegada, sua declaração de que a presidenta Dilma Roussef seria a única chefe de estado a ser recebida por Obama neste ano, em Washington, para amenizar o fato de que até o momento, no quinto ano de mandato de Obama, isso ainda não ocorreu.

Difícil apagar da memória que Biden, há poucas semanas, verbalizou conceito profundamente arraigado na cultura dos EUA: o de que a América Latina é quintal dos EUA. “Batatada” diplomática que somente compromete o sucesso de sua agenda. É provável que ouça resposta adequada em momento oportuno.