BNDES jamais enviou dinheiro para fora, admitiu Bozzo
As informações são oficiais do próprio governo Bolsonaro: O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social jamais enviou um centavo de dólar para fora do Brasil. Bolsonaro mente na propaganda eleitoral. Ele próprio, no ano passado admitiu:
"Eu também pensava que era caixa preta, está tudo aberto no site do BNDES".
No site do BNDES, administrado pelo governo Bolsonaro, a explicação é clara: O BNDES faz empréstimos em reais, dentro do Brasil, para uma empresa brasileira que está exportando produtos e serviços ao exterior. Essa operação gera vantagem dupla ao país: aumento da competitividade nas exportações – e consequentemente mais dinheiro entrando no país – e também gera empregos no Brasil. Além disso, os juros oriundos desses empréstimos geram lucro para o próprio banco.
Leia a explicação que Bolsonaro mencionou e que está no próprio site do BNDES:
"Quando a gente ouve falar em dinheiro que foi enviado para fora, na verdade, estamos falando dos financiamentos à exportação dos bens e serviços de engenharia brasileiros.
"Nessas operações, assim como em todas as outras que o Banco realiza, o BNDES desembolsa os recursos exclusivamente no Brasil, em reais, para a empresa brasileira, à medida que as exportações vão sendo realizadas. Portanto, quem recebe o dinheiro é a empresa brasileira que vende para fora e não o país. Mas quem fica com a dívida é o país estrangeiro, porque ele é o responsável por fazer o pagamento, que deve ser feito com juros, em dólar ou euro.
"O financiamento do BNDES não cobre, por exemplo, bens adquiridos no exterior ou gastos com mão de obra de trabalhadores locais. Ele cobre exclusivamente os bens e serviços de origem brasileira utilizados na obra."
Em sua propaganda eleitoral, Bolsonaro menciona o metrô de Caracas, na Venezuela, uma obra brasileira iniciada ainda na gestão Fernando Henrique Cardoso e que faz parte de uma série de iniciativas que ampliaram a presença brasileira na América Latina.
Bolsonaro contrapõe isso ao metrô de Belo Horizonte, mas foi o próprio Bolsonaro – junto com seu ministro Tarcísio de Freitas – que anunciou que destinaria um bilhão para a expansão do metrô em 2019.
Depois disso, repetiu a promessa pelo menos nove vezes, até que acabou concedendo o metrô à iniciativa privada num processo controverso e um contrato considerado antiquado.
Confira no site do Instituto Lula a íntegra da matéria original