Foguetes tiveram como alvo os sistemas de resfriamento da
Usina Nuclear Zaporozhye e de armazenamento de resíduos nucleares
3ª feira, 16.08.2022
Os militares ucranianos dispararam vários foguetes diretamente contra sistemas de resfriamento e contra o local de armazenamento de resíduos nucleares dentro da Usina Nuclear Zaporozhye em Energodar, [na região noroeste da Ucrânia], afirmou à mídia russa o membro da administração do governo local, Vladimir Rogov.
Rogov alertou que um ataque bem sucedido pode resultar em uma liberação de radiação equivalente a uma "bomba suja".
"Um dos mísseis guiados atingiu apenas dez metros" dos barris com combustível nuclear gasto. Outros batem um pouco mais longe, 50 a 200 metros."
disse Rogov à Soloviev Live.
Como o local de armazenamento está aberto, qualquer impacto resultará na liberação de resíduos nucleares que variam de dezenas a centenas de quilos e contaminação da área, explicou o funcionário.
"Em linguagem simples, isso seria como uma bomba suja",
disse Rogov.
Embora o reator em si só possa ser destruído com uma arma nuclear tática, os sistemas de refrescação e armazenamento de resíduos são muito mais vulneráveis e danos a eles podem facilmente causar um desastre, disse o funcionário.
As tropas ucranianas já dispararam "várias dúzias" de projéteis pesados contra os sistemas de resfriamento, acrescentou Rogov. Se eles conseguirem desativar tal sistema, poderia produzir um colapso maior do que a catástrofe de 1986 em Chernobyl.
As tropas russas estabeleceram o controle do Zaporozhye NPP, a maior instalação do tipo na Europa, no início do curso de operações militares na Ucrânia. Rússia e Ucrânia têm acusado um ao outro de bombardear as instalações, alertando que o combate na área poderia desencadear um desastre nuclear.
A Rússia acusou a Ucrânia de lançar ataques de artilharia e drones nas instalações, denunciando as operações como "terrorismo nuclear". As tropas ucranianas alegaram que os russos estavam bombardeando-se para desacreditar Kiev.
Pedidos russos à ONU e à AIEA Agência Internacional de Energia Atômica para inspecionar o local em primeira mão foram recebidos com desculpas de que os inspetores só podem acessar a estação via Kiev, e a Ucrânia não pode garantir sua passagem segura.
Na 2ª feira, 15.08, Rogov acusou a ONU de bloquear a visita da AIEA porque estava cobrindo Kiev. Se os inspetores realmente aparecessem, ele disse, eles seriam forçados a concluir que a Ucrânia e não a Rússia estava bombardeando a usina.
"É óbvio, tudo foi documentado, e não só isso, também é bem conhecido quem está sendo fornecido com mísseis guiados americanos. Obviamente, não a Rússia, mas o regime de Zelensky",
disse ele.
FONTE: RT