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Internacional

30 de Março de 2022 as 22:03:16



EDITORIAL - Mariupol, Cidade Sede do Batalhão Azov vive o desmonte do Nazismo Ucraniano


Joe Biden e Vladimir Putin
 
EDITORIAL
MARIUPOL, Cidade Sede do Batalhão Azov vive o desmonte do Nazismo Ucraniano e o Sucesso da Empreitada Militar Russa
 
por Wilson R Correa
31.03.2022
 
Mariupol é uma cidade industrial portuária, localizada às margens do mar de Azov, que originalmente contava com uma população de cerca de meio milhão de habitantes. Desde o início do conflito, em 24.02.2022 a cidade tem sido uma das mais atingidas pelos bombardeios. Atualmente ali restam cerca de 160 mil moradores, sem qualquer acesso a água potável, gás para aquecimento ou energia elétrica.
 
Trata-se da cidade sede do Batalhão Azov, onde foi criado. A tomada dessa cidade é elemento central da estratégia russa de desnazificação da Ucrânia proclamada  por Vladimir PutinO cerco da cidade foi estabelecido, o bombardeio deflagrado e as tropas russas lançaram apelos para que houvesse sua rendição. Mas a rendição não foi aceita pelas forças de resistência ainda restantes na cidade, integradas preponderantemente por milicias e pelo célebre Batalhão, desmanteladas anteriormente as forças armadas ucranianas. 
 
Na 2ª feira, 28.03, as forças russas derrubaram um helicóptero MI-35, no espaço aéreo de Mariupol, em que dali iriam fugir dois líderes nazistas máximos do Azov, que recém haviam abandonado suas tropas. A partir desse momento, configurada a perda de seus líderes, o Azov acolheu a proposta de permitir que a população se retirasse da cidade através do corredores humanitários abertos pelas tropas russas.
 
Nas primeiras horas da manhã da 3ª feira, 29.03.2022, 1.665 pessoas puderam, desse modo, ser retiradas da cidade sitiada de Mariupol, assim como de outras cidades das proximidades, na região de Zaporijia.
 
A saída dos civis foi feita neste mesmo dia em que a Rússia e a Ucrânia  retomam as conversações, desta vez na cidade de Istambul, na Turquia. Patrocinadas pelo presidente Recep Tayyip Erdogan, na busca de solução para o conflito, tais conversações foram desacreditadas pelo presidente da França, Emmanuel Macron, e pelo primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson, pois ambos têm buscado protagonismo pessoal na mediação e no andamento do conflito, envolvidos e movidos por suas próprias estratégias políticas pessoais.
 
Para Macron, seus esforços para cessar o conflito já o tem posicionado como favorito nas eleições presidenciais da França, em 10.04.2022. Para Boris Johnson, sua retórica 'gasolina na fogueira' sobre o conflito tem-lhe permitido desviar a atenção do eleitorado britânico dos graves problemas econômicos trazidos por seu governo liberaloide; e, notadamente, pela inflação que assola o Reino Unido como, de resto, toda a Europa. Para ambos, a continuidade do conflito e a mis-en-cène pessoal lhes proporcionaria algum fulgor político.
 
Contudo, o presidente da Ucrânia, Zelensky, como resultado das negociações, já sinalizou que acolhe a proposta russa de seu país não vir a integrar a OTAN; e de não criar bases militares da Aliança Atlântica no território ucraniano. Acolhe também a proposta do governo Putin de não entrar em conflito militar com a Rússia, para retomar as regiões de Donetsk, Lugansk e Crimeia.
 
Como isso tudo caracteriza vitória da empreitada militar russa, desagrada profundamente os interesses geo-políticos e econômicos dos EUA, que, responsáveis por insuflar o conflito bélico desde o golpe de estado ucraniano de 2014, buscam demonizar a Rússia, extinguir suas receitas resultantes da venda de gás natural à Europa e substituí-lo pelo gás natural dos EUA, bem como arrasar a economia russa e seu poder militar com as mais graves sanções econômicas e políticas até então impostas pelos EUA a algum país.
 
Interessa aos EUA a continuidade do conflito para o desgaste sem limites do governo Putin, inclusive para derrubá-lo do poder e até levá-lo ao Tribunal Internacional de Haia por crimes de guerra, como já o expressou pessoalmente Joe Biden, de forma enfática, em sua visita à Polônia, em 26.03.2022.
 
Assim, nos próximos dias não serão poucos os esforços americanos, franceses e britânicos para desmontar a tentativa de acordo e demover Zelensky de seu esmorecimento frente a Putin; para entupir o governo ucraniano de armamento que fatalmente cairá nas mãos de milicias e, com isso, favorecer o complexo industrial-militar americano; para alimentar os interesses da pujante industria do gás natural dos EUA; e, principalmente, para desviar a atenção do público americano do escândalo dos 30 laboratórios projetados, financiados e implantados na Ucrânia pelo Departamento de Defesa dos EUA, para a produção de bio-patógenos destinados à produção de armas e desencadear guerra biológica contra a Rússia.  
 
CONFIRA, também
 
> PENTÁGONO - O Escândalo dos Laboratórios de Guerra Bacteriológica dos EUA na Ucrânia [ Clique AQUI ]
 
 
> Matéria atualizada em 08.04.2022 para corrigir a informação sobre a data exata das eleições presidenciais na França, em 2022.


Fonte: da REDAÇÃO JF





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