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Internacional

12 de Março de 2022 as 13:03:47



EUA Departamento de Defesa desenvolve Armas Biológicas na Ucrânia


Em discussão no Conselho de Segurança da ONU, o departamento de Defesa dos EUA é acusado de financiar armas biológicas em 30 laboratórios na Ucrânia
 
6ª feira, 11.03.2022
 
O Conselho de Segurança da ONU Organização das Nações Unidas reuniu-se na 6ª feira, 11.03, em uma sessão extraordinária solicitada pela representação da Rússia, para discutir atividades militares dos EUA com armas químicas e biológicas na Ucrânia, a partir de evidência trazida por documentação obtida pelas forças russas em sua "operação policial especial" no território ucraniano.
 
Desenvolvimento de bactérias com 50% de letalidade
 
Vasily Nebenzya, embaixador da Rússia na ONU, afirmou  no Conselho de Segurança que há 30 laboratórios biológicos experimentais perigosos na Ucrânia, voltados à criação de patógenos como a cólera e a leptospirose, financiados pelo Ministério da Defesa dos EUA, com apoio do Ministério da Saúde americano.
 
Segundo Vasily Nebenzya, a Rússia tem documentos que aprentam exemplos chocantes de estudos para criar bactérias a partir de aves com letalidade de até 50% em humanos [mortalidade superior à da Covid-19]. Afirmou haver pesquisas também com parasitas e pulgas e que os EUA  não impedem nem controlam o desenvolvimento dessas doenças.
 
O embaixador russo lembrou a grande possibilidade de aplicação desse matérial patógeno alcance de objetivos terrorista e o grande risco de sua disperção à toda Europa e Rússia, em razão da centralidade geográfica da Ucrânia. O embaixador acusou o cinismo do Ocidente por saber da existência desses laboratórios de armas químicas e biológicas e mesmo assim dizer que está em defesa do povo ucraniano.
 
Retórica de desvio da atenção e acobertamento
 
A embaixadora dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, na busca retórica de desviar contra a Rússia o foco voltado aos EUA, acusou a Rússia de ter, há muito tempo, um programa de armas biológicas, em violação ao direito internacional.
 
Linda disse ainda que os EUA estão preocupados que o pedido da reunião extraordinária do Conselho seja um esforço de 'false flag' (bandeira falsa) para que os russos ajam. Invertendo cíncamente contra a Rússia a concepção em desfavor dos EUA, Linda disse que a Rússia tem um "histórico de acusar falsamente outros países de violação daquilo que ela própria faz”. Revelou sua preocupação de que a Rússia esteja se preparando para usar agentes químicos ou biológicos contra o povo ucraniano.
 
Na busca de desviar o foco de si, Joe Biden, por sua vez, declarou que a Rússia pagaria um preço muito alto se usasse armas químicas.
 
Há, portanto, uma guerra de versões. Enquanto a Rússia acusa EUA e Ucrânia de estarem realizando exercícios com armas biológicas, os dois países dizem que, na verdade, quem pretende fazer uso dessas armas é a própria Rússia.
 
O Conselho de Segurança da ONU é composto por 15 membros, sendo 5 permanentes e 10 não permanentes, que são eleitos para mandatos de dois anos. Os membros permanentes, que têm poder de veto, são: EUA, Rússia, França, Reino Unido e China.
 
Tradição na mentira
 
A troca de acusações trouxe à memória a guerra do Iraque, em 2003, quando invadiu o país uma coalizão militar multinacional integrada por EUA, Reino Unido, Austrália e Polônia. A principal justificativa dos EUA foi o uso de armas químicas e de destruição em massa por Saddam Hussein, presidente iraqueano. A AIEA Agência Internacional de Energia Atômica, após em inspeção no Iraque, negou a existência de armas químicas naquele país, razão pela qual a proposta norte-americana não foi aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.
 
Meses depois, os EUA reconheceram que o Iraque não tinha tais armas. O conflito durou oito anos, destruiu o Iraque, matou 2,9 milhões de iraqueanos e desestabilizou todo o Oriente Médio, viabilizando guerras a partir do surgimento do ISIS e da mobilização do povo curdo em prol de ganhos de território no Iraque, na Síria e na Turquia.
 
Para os EUA os benefícios da Guerra do Iraque foram o apossamento das reservas de petróleo iraqueanas por empresas norte-americanas -- que antes haviam sido nacionalizadas pelo presidente-deposto Sadam Hussein  --, bem como o desmonte da iniciativa de Sadam de não mais aceitar dólares americanos na compra do petróleo de seu país, exemplo que se ensaiava ser seguido por outros países do Oriente Médio. 


Fonte: da REDAÇÃO JF, sobre texto da Agência Brasil





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