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Editorial

19 de Fevereiro de 2022 as 00:02:09



EDITORIAL - Biden continua incitando Rússia ao Apocalypse Now


Biden, em busca de nova guerra no quintal alheio
 
EDITORIAL
Biden continua incitando a Rússia ao Apocalypse Now
19.02.2022
 
Com a aparência ainda mais envelhecida e sofrida do que após o fracasso da retirada desastrosa das tropas americanas do Afeganistão, em vergonhosa fuga do acossamento imposto por um Talibã primitivamente armado, o presidente dos EUA, Joe Biden, transformou-se definitivamente na Pitonisa da Casa Branca, nesta 6ª feira, 18.02.2022. 
 
Biden afirmou novamente, contra todas as evidências, que Vladimir Putin tomou a decisão de invadir a Ucrânia e que o fará nos próximos dias.     
 
A adivinhação desse mago belicista, louco por uma guerra no quintal dos outros, atual ocupante da sede do governo dos EUA, foi feita na Casa Branca nesta 6ª feira, dia especial para cerimoniais destinadas a mobilizar guias espirituais e forças do além.
 
Biden teve trabalho intenso desde a última 2ª feira, 14.02.2022: foram adivinhações que cobriram todos os dias desta semana, nas quais afirmou, a cada dia, que a Rússia invadiria a Ucrania no dia seguinte. Na 5ª feira, 17.02, fatigado pelo esforço frustrado, revelou que a Rússia invadiria a Ucrânia às 3h da madrugada desta 6ª feira, 18.02.
 
Exceto melhor juizo, nada disso parece ter acontecido e Biden vai acumulando mais um fracasso em sua crescente coleção.
 
But the show must go on e em momento de grande iluminação, concentrado, olhos fitos no teleprompter para não se perder, Biden proferiu declaração de fé, na noite desta 6ª feira, 18.02, em que revelou que Putin invadirá a Ucrânia na próxima semana e que o alvo será sua capital, Kiev. 
 
Não o acompanhava na cerimônia, lamentavelmente, seu auxiliar dileto na bruxaria adivinhatória, Antony Blinken, um guerreiro de Sol em Aries, turrão que compensa com a obstinação o déficit intelectivo; ostenta Venus na 10ª casa com o fito de disfarçar a faca nos dentes; e ocupa, por conta da ferocidade camuflada, o cargo de secretário do Departamento de Estado.
 
Mas, esquecido e talvez demente senil, segundo manifesto assinado por dezenas generais americanos da reserva, publicado em 2021, Biden lançou uma prestidigitação contraproduzente à adivinhação que acabara de fazer: afirmou que Blinken irá encontrar-se, para negociações, com Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, na 5ª feira próxima, 24.02.2022, às vésperas do Carnaval, quando, segundo o mesmo Biden, a Rússia estaria invadindo a Ucrânia. O que terá acontecido na cabeça de Biden ? Será que leu errado do Teleprompter?
 
Na guerra da informação, a verdade e a lisura já foram mortas e enterradas há tempos ali no Departamento de Estado americano: Mike Pompeuex-diretor da CIA, ex-secretário de Estado  no governo Trump, que antecedeu Tony Blinken, em uma palestra na Texas A&M University, em 15.04.2019, fez a seguinte declaração, que desvelou o credo básico da atuação do Departamento de Estado americano e também da CIA: 
 
"We Lied, We Cheated, We Stole"
(tradução: "Nós Mentimos, Nós Enganamos, Nós Roubamos" ...), 
 
sob risos e aplausos, puxados de uma plateia atônita por sua claque e entourage, também moralmente comprometidas. 
 
Confira o video dessa 'palestra' acessando o anexo, ao final desta matéria. 
 
Nesta 6ª feira, a Reuters informa que "uma autoridade da Defesa dos EUA" (vejam só !) informou que cerca de 50% das tropas russas então na fronteira da Ucrânia em "posição de ataque".  A grande mídia participa intensamente do circo bélico de Biden.
 
Há uma tradição de mentira e manipulação de massas nos departamentos e altos escalões do governo americano, explícita e confessa na declaração de Mike Pompeu, revelação de que fakenews e manipulação das massas antecedem o governo Trump.  Os casos atuais de Tony Blinken, de Joe Biden e dessa "autoridade da Defesa dos EUA", parecem harmonizar-se com a melhor tradição representada hors concur pelo general Collin Powell que, em 05.02.2003, defendeu, no Conselho de Segurança da ONU, que o presidente iraquiano Saddam Hussein constituía perigo iminente ao mundo, por supostamente armazenar armas químicas e biológicas de destruição em massa.
 
Com isso, Powell justificou a invasão americana do Iraque, em março de 2003, a qual, ainda que não aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU, foi levada a cabo pelas forças dos EUA, do Reino Unido, do Canadá e de outros países servis ao Império. O resultado foi uma guerra que custou cerca de 655 mil vidas iraquianas, entre civis e militares, e de 4.421 militares norte-americanos; além de US$ 3 Trilhões aos cofres do Tesouro dos EUA, segundo o economista prêmio Nobel Joseph Stiglitz. Toda essa destruição parece ter sido pouca, pois o Tribunal Internacional de Haia não levou em frente qualquer processo contra George W. Bush, Collin Powell, Dick Cheney ou Donald Humsfeld, pois antes da invasão os EUA desassociaram-se do Tribunal de Penal Internacional, a Corte de Haya, para escaparem ilesos de justiça esses falcões conservadores e da direita norte-americana.
 
Esse fato histórico inegável e de amplo reconhecimento público, revela o quanto pode haver de atrocidade na ação do governo norte-americano, em promover guerra no quintal de outros países, impondo morte e destruição, sob uma retória bom-mocista, mas com fito real, único e imoral de apossamento de recursos naturais de outros paises, em benefício de empresas norte-americanas: a Líbia está destruida, o Iraque está destruido, o Afeganistão está destruído. A Coreia do Norte -- se não tivesse desenvolvido bombas nucleares, inclusive miniaturizadas e mísseis de longo alcance hipersônicos para carregá-las -- e o Irã - caso não estivesse armado até os dentes e com um pacto inclusive militar com a China -- ambos os países teriam sido destruídos pelas forças estadunidenses e do Reino Unido.
 
Esse, o horror da política dos EUA tão bem retratado em Apocalypse Now. trazido por Francis Ford Coppola em seu fantástico filme sobre a guerra e o caos americano no Vietnã, outro país destruído pelos EUA.
 
O próximo país a ser destruído seria a Ucrânia; e o objetivo não declarado dos EUA é defenestrar o fornecedor de gás natural à Europa, a Rússia, inclusive expulsá-la do sistema Swift de pagamentos internacionais, e com isso destruir sua economia. Tudo para que empresas norte-americanas substituam a empresa governamental russa, a Gazprom, no mercado europeu de gás. Biden chegou a prometer, na 5ª feira, destruir o gasoduto NordStream II. 
 
O jogo bélico de Biden e Blinken está sendo 'melado' por Putin, pois a Rússia não quer fazer guerra, mas apenas impedir que os 250.000 soldados ucranianos, ora postados com material bélico pesado na fronteira de Donbas, desrespeitando os Acordos de Minsk,  massacrem a população de Donetsk e Lugansk em que 90% são russos.
 
A mídia ocidental esconde esse fato: há 250 mil soldados ucranianos com tanques, aviões, misseis e bombas na, fronteiras, com a Rússia, das repúblicas independentes de Donetsk e Lugansk. 
 
Mentira, maquiavelismo e torpeza parecem não ter limites. Mas, se há beleza nisso tudo, está em que Joe Biden colocou mais um fracasso na própria cestinha e a auto-desmoralização reduzirá sua margem para novas atrocidades. O custo poderá ser a lastimavel eleição de Trump daqui a três anos, caso ambos sobrevivam. Mas, um problema de cada vez.
 
A outra coisa a chamar atenção é que Putin se confirma como estadista com a cabeça no lugar; e seu ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, como é um ser respeitabilíssimo. Ainda que a diplomacia tenha seus limites, o nível de habilidade diplomática de ambos farece inatingível. Passarão 1.000 anos e não teremos uma dupla deste quilate trabalhando juntos no planeta. Se fossem aquele tipo de personalidades saídas das recentes fornadas ao governo norte-americano, já estaríamos todos em um "inverno nuclear". Ambos toreiam com grande habilidade os dois belicistas atlanticistas da White House e sua troupe de cordatos do outro lado do Atlântico.
 
 
Confira também 
 
> Editorial - Na Guerra a primeira vítima é a verdade [clique AQUI]
 
Complexo Industrial-Militar dos EUA quer Guerra na Ucrânia [clique AQUI]
 
Crise Ucraniana, mais um fracasso do governo Biden [clique AQUI]
 
 

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Fonte: DA REDAÇÃO JF





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