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Editorial

09 de Fevereiro de 2022 as 00:02:41



EDITORIAL - Crise Ucraniana, mais um fracasso do governo Biden


Joe Biden, em mais um tombo
 
EDITORIAL - Crise Ucraniana, um fracasso anunciado do governo Biden 
 
Na 5ª feira, 03.02.2022, o governo russo proibiu o funcionamento na Rússia da emissora alemã DW Deutche Welle, e mandou fechar sua sucursal em Moscou. O fechamento da DW na Rússia foi feito em contrapartida ao fechamento da emissora russa RT Russia Today na Alemanha, há duas semanas.
 
Antes de tudo, trata-se de regra básica respeitada na diplomacia mundial, nada mais: o novo governo alemão tomou a iniciativa não-democrática e foi retaliado na exata medida.
 
Em uníssono, o jornalismo corporativo europeu e norte-americano tem propalado a justificativa falsa de que a emissora russa teria sido fechada na Alemanha porque o sinal era proveniente da Servia. Os países bálticos fizeram o mesmo movimento: Estônia, Letônia e Lituânia igualmente cortaram o sinal da RT. Isso revela a natureza política da medida dos quatro países, marionetes na farsa dirigida por Washington.
 
No governo Angela Merkel nada disso ocorreu, imperava o bom senso, o dialogo, o comedimento e a cautela nas relações internacionais. Contudo, a ascensão do Partido Verde ao gabinete de chancelaria alemã, legenda subalterna aos serviços de inteligência norte-americanos, desde há muito, e à retórica do Departamento de Estado norte-americano, conduziu ao fechamento da emissora RT russa na Alemanha, sob a alegação absurda de disseminação de fakenews.
 
Como se não bastasse tamanha dissintonia cognitiva com os interesses do próprio país, os Verdes da Chancelaria alemã proclamam que o NordStream II não deve ter sua operação autorizada, o gasoduto que conecta Rússia e Alemanha, cuja construção já foi concluída e espera o i da autoridade da UE União Europeia.
 
Desse modo, a Alemanha, em dramático pleno inverno europeu, com  baixos estoques de gás natural empregavel em calefação residencial e comercial, deverá ter de passar a adquirir gás natural no mercado spot mundial, proveniente dos EUA, naturalmente, a preço muitas vezes superior ao da oferta russa.
 
Desnecessário mencionar que as vendas de petróleo e gás natural pela Rússia ao mercado europeu e também aos EUA, realmente viabilizaram o renascimento do poderio bélico russo, após o esfacelamento da União Soviética, sua falência financeira e o sucateamento de suas forças armadas. Fragatas fantásticas e submarinos modernos, com mísseis superssônicos de médio e longo alcance, no estado-da-arte, main battle tanks inigualáveis, caças stealph de última geração, sistemas de defesa antiaérea de curto, médio e de longo alcance, que merecem todo respeito, o poderio bélico-tecnológico russo está décadas a frente do norte-americano, ainda que com orçamento anual dez vezes inferior. E o boom do petróleo viabilizou tudo isso.
 
Inúmeras foram as tentativas do governo americano, nos últimos anos, de deter a construção do gasoduto NordStream-II e interromper o fornecimento de gás russo à Europa, com o objetivo de estancar a capitalização da Rússia por meio das exportações de gás. Angela Merkel foi uma barreira e não somente ela, mas também Gerhard Schröder, ex-chanceler alemão, além de outros políticos vinculados à social-democracia alemã.
 
Em contraposição ao interesse material alemão por gás natural russo, notadamente para calefação residencial no inverno, o presidente dos EUA, Joe Biden, busca impor seu capricho imperial ao estimular uma guerra por procuração à Ucrânia contra a Rússia, para impor a esta desgaste político e econômico e para inviabilizar politicamente o início da operacionalização do  gasoduto NordStream II e o fornecimento geral de gás natural russo à Europa.
 
Nessa incursão político-militar na Europa, Joe Biden conta com o apoio da Polônia e dos países bálticos, Estonia, Lituânia e Letônia, que enviaram armamentos e munições à Ucrânia. Mas, com olhos nas destruições provocadas pela interferência dos EUA na Síria, no Líbano, no Iraque, no Afeganistão etc, outros países europeus, como França e Alemanha, não querem permitir a deflagração de guerra na Europa.
 
Em tentativa de intermediação do conflito, na 2ª feira, 07.02.2022, o presidente francês Emmanuel Macron foi recebido por Putin, em visita a Moscou, aproveitando oportunidade para algum protagonismo softpower para a França e para, pessoalmente, contrapor-se ao belicismo de Joe Biden e lhe dar o troco pela intromissão no negócio e por ter 'melado' a venda de submarinos franceses Scorpène à Austrália. Esse movimento de Macron tem especial importância em sua campanha para reeleição no próximo pleito presidencial francês, em abril de 2022. 
 
No dia seguinte, 3ª feira, 08.02, Macron reuniu-se em Kiev com o presidente da Ucrânia, Vladimir Zeleinsky, ao qual defendeu a solução para a crise que lhe fora apresentada por Putin: o respeito aos Acordos de Minsk, assinados em 2014, na capital da Bielorussia, por representantes da Rússia, da Ucrânia e das províncias separatistas da região ucraniana de DonBas, as províncias de Lugansk e Donetsk, que realizaram plebiscito e declararam-se repúblicas independentes da Ucrânia, com votação que superou 90% dos eleitores.
 
Macron obteve de ambos, Putin e Zelensky, o compromisso de se fazerem representar em encontro diplomático em Berlin, nesta 4ª feira, 09.02, envolvendo Alemanha, França, Rússia e Ucrânia, para debates e encontro de solução para a crise ucraniana.
 
Na busca de neutralizar o movimento de Macron, a ministra das relações exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, do Partido Verde, relatou que visitará a Ucrânia nesta 4ª feira, 09.02, para fazer uma inspeção na região fronteiriça com as províncias separatistas, em Donbass. Seu argumento foi de que irá observar a concentração de tropas russas e ucranianas. Baerbock terá encontro com o primeiro ministro ucraniano Denys Shmygal, não com Zelensky.
 
Está visível que os políticos integrantes do Partido Verde alemão estão atuando segundo a agenda do governo norte-americano, postados no gabinete de chancelaria alemã para a defesa de interesses econômicos, políticos e geo-políticos estadunidenses. 
 
A OTAN tem avançado sobre as fronteiras da Rússia desde os anos 90, isso é fato e de conhecimento público. E pretende agora posicionar ogivas nucleares a 300km de Moscou, na Ucrânia. Isso não é uma brincadeira, não se trata de defesa, propósito estatutário da OTAN. Trata-se de um ataque, algo inaceitável, seja qual for o regime político instalado na Rússia. Sendo uma guerra de espectro total, faz parte desse ataque o controle das informações, daí o fechamento da emissora russa RT na Alemanha pelo gabinete Verde, tocado por Claudia Roth, ministra alemã da Cultura, igualmente do Partigo Verde.
 
Além disso, a OTAN, o Reino Unido e os EUA utilizam a retórica da iminência de um ataque russo à Ucrânia. Isso não corresponde à verdade.
 
O fato é que, contrariando os Acordos de Minsk de 2014, o governo ucraniano tem mantido tropas e o confronto com as províncias separatistas de Donetsk e Lugansk; e deslocou para ali material bélico pesado, main battle tanks, e deverá para ali deslocar seis aviões de combate Super Tucano, encaminhados pelo governo dos EUA.
 
Diante desse quadro, o governo russo deslocou suas tropas para a fronteira com a Ucrânia, na região próxima a Donbass, com o objetivo de fazer proteção, caso o material bélico e os aviões da Embraer passem a ser ali utilizados.   
 
Assim, é bastante razoável acreditar que os grandes países europeus não querem a guerra; que a Rússia declaradamente não quer guerra e Putin afirmou que não invadirá a Ucrânia; que as tropas  ucranianas deixarão de utilizar material  bélico pesado contra as províncias de Donbass; e que o movimento belicista norte-americano tende ao fracasso, em razão da baixa credibilidade do governo de Joe Biden e pela não adesão dos países europeus á proposta de guerra com a Rússia.
 
Já andava muito enfraquecida a capacidade da Casa Branca de trabalhar em conjunto com países parceiros; e o quadro ficou ainda pior, nesse aspecto, no governo Biden. Ce n'est pas un pays serieux, diria caso ainda vivo o general Charles de Gaulle.
 
Um dos casos da deslealdade norte-americana com seus parceiros, a afugentar apoio automático e a gerar desconfianças ainda maiores, foi a traição americana à França de Emmanuel Macron, no contrato assinado de venda de submarinos Scorpène diesel-elétricos à Austrália, preteridos em favor de submarinos nucleares dos EUA, contratados em abrupta interferência norte-americana no negócio. Indignado, Macron prometeu retaliação, sob o aplauso de burguesia industrial de seu país, que irá financiar sua reeleição presidencial. 
 
Outro caso de deslealdade americana foi sua desastrada retirada do Afeganistão e o abandono, à merce do Taliban, da grande maioria dos afegãos que haviam sido leais aos estadunidenses durante os 20 anos de permanência no País; e que passaram a sofrer retaliação de seus compatriotas. 
 
Joe Biden é a própria FakeNews, o grande ventríloco da crise ucraniana. Inventou um pretenso ataque iminente russo à Ucrânia, negado com indignação pelo presidente ucraniano, Vladimir Zelinsky.
 
Biden alimenta a retórica infundada de que a Ucrânia estaria sob ataque, enquanto trata-se do contrário: em desrespeito aos Acordos de Minsk, o governo ucraniano mobilizou milhares de soldados para massacrar, com armamentos pesados, os povos das regiões de Donetsk e Lugansky, de etnia russa, que declararam independência e constituiram-se oficialmente em Repúblicas rebeladas, não reconhecidas pela Ucrânia e pelos demais países da Europa: a República Popular de Donetsk e a Republica Popular de Lugansky.   
 
Deve ser lembrado que ambas as repúblicas separatistas promoveram consulta à população, um referendum, e seus povos aprovaram suas independências da Ucrânia e as constituições dessas repúblicas, com votos favoráveis de 96,2% dos eleitores de Lugansky e por meio de proclamação em Donetsky, ambas em 2014. Do mesmo modo que o Reino Unido promoveu nas Malvinas para garantir seu domínio sobre a região reclamada pela Argentina.
 
Diante desse quadro de oportunismo bélico irresponsável e de permanente instigação de uma potência nuclear fantasticamente bem armada, Senado e Câmara dos EUA têm de mobilizar-se de imediato para destituir o presidente Joe Biden por insanidade senil, antes que o governo russo e também o governo chines cometam algum erro fatal para a humanidade ou simplesmente percam a paciência e de forma deliberado enviem mísseis com ogivas nucleares sobre o Pentágono, Casa Branca, Capitólio, CIA e outros centros de insânia do governo Biden.
 
Importante lembrar que, há menos de dois anos, Vladimir Putin declarou que, em caso de ataque proveniente de quaisquer paises, configurada a origem da ordem de ataque,  o país centro de comando seria alvo de ogivas nucleares e mísseis hipersônicos.
 
Dezenas de generais norte-americanos da reserva publicaram carta no segundo semestre de 2021, em que questionam a provavel insanidade mental de Biden e alertam para o grau de sua capacidade de conduzir os rumos de sua nação, diante do avançado de sua idade. 
 
Parece haver pouca dúvida sobre sua demência senil e, pior, sobre suas vínculações profundas no complexo industrial-militar. E deve ser contido.
 
Diante desse quadro, para um prognóstico, considerando:
 
(1º)  o discurso de Vladimir Putin, nesta 3ª feira, 08.02, em que ameaçou o emprego de ogivas nucleares para conter o avanço da OTAN na Ucrânia;
 
(2º) dividida a Europa quanto à crise ucraniana, mobilizadas as duas grandes pontencias, França e Alemanha, contra a incursão norte-americana em prol de uma guerra;
 
(3º) premida a Europa pelo inverno e pela necessidade de aquisião de gás russo para manter o serviço de calefação residencial e comercial de inverno, na Alemanha e em toda a Europa;
 
(4ª) fracassada a mobilização norte americana em prol da obtenção gás natural de outra procedência, inclusive países árabes; 
 
(5ª) enfraquecido o governo Joe Biden pelos seguidos fracassos anteriores e pela fakenews da crise ucraniana; 
 
caberá a OTAN suspender sua jornada ucraniana de pressão sobre a Rússia e postergar seu movimento bélico para outra ocasião mais oportuna. Caberá também à União Europeia tomar a frente de sua própria defesa militar e reduzir, até a extinção, a dominância da OTAN a esse respeito, reconhecida a ingerência dos interesses geopolíticos exclusivamente norte-americanos na Organização do Tratado do Atlântico Norte.  
 


Fonte: DA REDACAO JF





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