A delegada da Polícia Federal PF, Dra. Denisse Dias Ribeiro, em relatório ao ministro do STF Alexandre de Moreaes, relatou crimes cometidos por Jair Bolsonaro e o deputado Filipe Barros.
Segundo o jornal O Globo, a delegada da PF afirmou que o presidente da Republica cometeu crime e violação de sigilo funcional em "atuação direta, voluntária e consciente".
Alexandre de Moraes é o ministro do STF responsável pelo inquérito aberto pela Corte, que investiga Bolsonaro, que em transmissão com o deputado bolsonarista Filipe Barros (PSL) vazou inquérito da PF sobre ataque hacker aos sistemas do TSE Tribunal Superior Eleitoral, em ataque à credibilidade das urnas eletrônicas,
"Os elementos colhidos apontam também para a atuação direta, voluntária e consciente de FILIPE BARROS BAPTISTA DE TOLEDO RIBEIRO e de JAIR MESSIAS BOLSONARO na prática do crime previsto no artigo 325, §2°, c/c 327, §2°, do Código Penal brasileiro, considerando que, na condição de funcionários públicos, revelaram conteúdo de inquérito policial que deveria permanecer em segredo até o fim das diligências, ao qual tiveram acesso em razão do cargo de deputado federal relator de uma comissão no Congresso Nacional e de presidente da república, respectivamente, conforme hipótese criminal até aqui corroborada",
escreveu a delegada Denisse Dias Ribeiro, da PF.
Em 27.01, Alexandre de Moraes determinou que o Presidente prestasse depoimento pessoalmente, nesta 6ª feira, 28.01, na Superintendência da PF no DF.
Contudo, Bolsonaro não compareceu e se fez representar pela AGU Advocacia-Geral da União para contrapor a ordem de Alexandre de Moraes. A AGU apresentou um agravo regimental em que solicitou adiamento do interrogatório. O ministro Alexandre de Moraes indeferiu o pedido.
Segundo a delegada Denisse Dias Ribeiro, Bolsonaro não foi indiciado porque o STF impede o indiciamento de autoridades com foro privilegiado.