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Internacional

Terça-Feira, Dia 09 de Novembro de 2021 as 23:11:46



COP26 e a CHINA - Uma visão positiva é possível, segundo The Guardian


Xie Zhenhua, representante chinês na Cop26
 
Apesar da ausência do presidente Xi Jinping em Glasgow,
Pequim está levando a sério a crise climática ... e deve ir muito mais longe.
 
Entre os cerca de 120 líderes mundiais reunidos em Glasgow para as negociações da COP26, sobre a crise climática, houve uma ausência muito evidente: Xi Jinping, presidente do país de longe o maior emissor de gases de efeito estufa do planeta, responsável por mais de um quarto de todas as emissões.
 
A decisão de Xi Jinping de ficar longe não é surpreendente; antes um viajante frequente, Xi não deixa seu país há 21 meses, desde que a pandemia tomou conta. Mas a redução de sua contribuição para uma declaração final por escrito, não tomando novos compromissos, tem trazido preocupações com as recentes decisões de Pequim.
 
O primeiro é o anúncio de que construirá novas usinas a carvão, uma resposta a cortes extensivos de energia. Embora observadores experientes esperem que o impacto a médio prazo seja menos grave do que parece, isso pode prejudicar a promessa da China de atingir o pico das emissões de carbono em 2030.
 
O segundo é seu plano nacional de emissão de gases de efeito estufa, revelado na última 5ª feira. Embora melhor do que o plano de 2015, oferece pouco progresso em suas ambições já declaradas e fica bem aquém das ações necessárias para garantir que o aquecimento global não exceda 1,5C. E em Glasgow, a China (como também a Índia e a Rússia) recusou-se a assinar o novo pacto de 80 países para reduzir as emissões de metano, embora tenha aderido ao acordo para deter o desmatamento na próxima década.
 
Contudo, suas falhas estão longe de serem exclusividade sua. As emissões de carbono per capita da China ainda são em torno da metade das dos EUA; e suas emissões históricas são muito menores, embora avancem rapidamente. Mesmo agora, suas emissões refletem seu papel como fábrica mundial. E, ao contrário de alguns países ricos, tomou medidas climáticas consistentes. Os EUA, por sua vez,  vacilaram, com Donald Trump deixando do Acordo de Paris. Hoje, mesmo com o compromisso renovado de Joe Biden com a questão, ele tem um longo caminho a percorrer.
 
A China fez suas principais promessas antes da Cop26, prometendo atingir o pico de emissões até 2030 e alcançar até 2060 o zero em missões líquidas, aumentando a capacidade total de geração de energia eólica e solar para 1.200 gigawatts até 2030 para atingir essas metas. Prometeu, também, acabar com o envolvimento em novas usinas a carvão no exterior.
 
Nos últimos anos, a China ganhou mereceda reputação em fontes renováveis de energia. por prometer e  entregar ainda mais. E tem todas as razões para agir, pois inundações devastadoras em Zhengzhou, neste verão, têm aumentado as preocupações de longo prazo com relação a segurança alimentar e a segurança de cidades costeiras prósperas e populosas.
 
A China baseou sua estratégia industrial na mudança para as energias renováveis, em termos de exportações e também em relação à produção para o mercado doméstico.
 
O enviado chinês à Cop26, Xie Zhenhua, é um veterano das conversações sobre o clima que tem uma relação estabelecida com seu homólogo dos EUA, John Kerry, e real influência em seu país – mas não a autoridade para assumir novos compromissos sem a aprovação de seus superiores.
 
A China também alertou aos EUA que a cooperação não pode ser separada do ambiente mais amplo de relações bilaterais difíceis. Suas preocupações com segurança nacional reforçam seu desejo de se agarrar ao carvão, que produz internamente.
 
Os EUA e a UE estão supostamente olhando para além da China para salvar sua estratégia climática, para países como África do Sul e Indonésia.
 
A questão real é menos a China vir a Glasgow sem um novo compromisso, melhor em declarações unilaterais do que no engajamento multilateral. Fazer tudo isso em seus próprios termos torna o progresso global muito mais difícil de alcançar.
 
Na Cop26, a China poderia ter se posicionado como líder mundial. Ao invés disso,  a Índia – o 3º maior emissor de carbono do mundo – está recebendo aplausos, com Narendra Modi, o primeiro-ministro, estabelecendo uma meta líquida de emissões zero em  2070 e compromissos significativos de curto prazo. Cumprir a meta de 1,5C é crucial. A China pode e deve fazer mais. Ele deve procurar fazê-lo de mãos dadas com outras nações.
 


Fonte: THE GUARDIAN. Chamada de Capa, tradução e copidescagem da Redação JF





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