Tanto os produtos alimentícios (de 1,74% em fevereiro para 1,40% em março) quanto os não alimentícios (de 0,35% para 0,20%) tiveram resultados inferiores àqueles registrados no mês anterior.
O grupo alimentação e bebidas, que continuou mostrando aumento expressivo de 1,40%, apesar da desaceleração, deteve 0,34 ponto percentual do índice, ficando responsável por 69% dele. Vários produtos importantes na despesa das famílias ficaram mais caros, como o feijão carioca (11,68%), ovos (7,66%), farinha de trigo (6,33%), farinha de mandioca (5,72%), frutas (2,54%), macarrão (2,42%), frango (1,80%), e pão francês (1,77%), além da refeição fora (1,23%).
Mas o principal impacto individual no índice do mês veio do grupo transportes. Foi a gasolina, cujo preço do litro subiu 2,34%, que gerou impacto de 0,09 ponto percentual. Após a variação de 1,96% em fevereiro, totalizou 4,35% de aumento ao consumidor nos dois últimos meses, resultado do reajuste de 6,60% no preço do litro nas distribuidoras em vigor a partir do dia 30 de janeiro.
Em março, ficou mais caro também o litro do etanol, com variação de 3,89%, assim como o óleo diesel, que subiu 3,16%. Mesmo assim o grupo transporte (de 0,46% para 0,32%) cedeu de fevereiro para março, influenciado pelas passagens aéreas, cuja queda chegou a 16,41%.
Artigos de residência (de 0,82% em fevereiro para 0,40% em março) e saúde e cuidados pessoais (de 0,78% para 0,42%) foram grupos que também apresentaram redução na taxa de crescimento de um mês para o outro.
Já o grupo habitação (de –2,17% em fevereiro para –0,70% em março) caiu menos de fevereiro para março. Isto porque o valor da conta de energia elétrica ficou 5,32% mais baixo em março, enquanto em fevereiro a queda chegou a 13,45%, o que significa que as contas ficaram 18,05% mais baratas nestes dois últimos meses como reflexo da redução de 18% no valor das tarifas em vigor a partir de 24 de janeiro.
Os grupos vestuário (de 0,01% em fevereiro para 0,48% em março) e comunicação (de 0,08% para 0,27%) também mostraram resultados acima daqueles registrados em março.
Dentre os índices regionais, o maior foi registrado em Fortaleza (0,87%), em razão, da alta de 2,18% nos preços dos alimentos. O menor foi o índice do Rio de Janeiro (0,25%).