Protestos pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro e defendendo as campanhas de vacinação contra a COVID-19 ganharam as ruas do país nesse sábado
Neste sábado 03.07, várias manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro tomaram conta de diversas capitais no Brasil após o "superpedido" de impeachment protocolado na Câmara dos Deputados na 5ª feira, 30.06.
Os protestos também têm como iniciativa defender uma campanha de vacinação contra a COVID-19 mais rápida no país, além de defender a própria vacina, visto que o governo adotou postura negacionista em relação à inoculação da população durante longo tempo.
Apoiados por sindicatos, partidos de esquerda, centro e até direita, os atos começaram pela manhã em alguns locais e devem ocorrer em ao menos 290 cidades no Brasil e em outros sete países, de acordo com os organizadores.
Após uma semana de polêmicas envolvendo suposto caso de corrupção em torno da compra dos imunizantes da AstraZeneca e Covaxin pelo Ministério da Saúde, o governo, que já enfrentava diversas polêmicas, gerou ainda mais indignação na população que decidiu ir para às ruas nesse sábado, promovendo a hashtag #3JForaBolsonaro nas redes sociais.
Outras importantes cidades também tiveram manifestações, como Florianópolis, em Santa Catarina e Recife.
Brasileiros que se encontram fora do País também se uniram para promover manifestações, como em Viena, na Áustria.
Na 6ª feira, 02.07, a PGR Procuradoria-Geral da República pediu a abertura de um inquérito para investigar o presidente Jair Bolsonaro por prevaricação no caso da vacina indiana Covaxin, conforme noticiado.
Ainda na 6ª, a ministra Rosa Weber, do STF Supremo Tribunal Federal determinou a abertura de inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro para apurar se ele cometeu o crime de prevaricação. A magistrada autorizou que a Polícia Federal colha depoimento de Bolsonaro.
Ao mesmo tempo, a ministra autorizou o depoimento de Luis Ricardo Miranda e de seu irmão, o deputado Luis Claudio Miranda (DEM-DF). Além disso, determinou que a Polícia Federal e a PGR a buscarem informações junto à Controladoria-Geral da União, ao Tribunal de Contas da União, à Procuradoria da República no Distrito Federal e à CPI da Covid sobre as negociações relativas à Covaxin.