Morre o presidente da Venezuela, comandante HUGO CHÁVEZ, aos 58 anos de idade. Ele se recuperava de uma cirurgia e de um cancer na região da pelvis, mas não resistiu à última cirurgia feita em Cuba. Há informações de que teria sofrido forte hemorragia durante a cirurgia e, além disso, que o CA teria se alastrado para os pulmões, e a atividade respiratória de Chaves estaria sendo desde então mantida por meio de equipamentos.
Após dias e dias de muitos boatos, o anúncio da morte foi feito por seu vice presidente e todo o staff de governo, Nicolás Maduro, às 16h30, horário de Brasília, em transmissão pela TV.
Seguem-se os cerimoniais fúnebres presidencias, a luta pelo poder vacante e, principalmente, pelo comando dos recursos petrolíferos, a questão central da luta política no País.
Em um quadro em que o presidente da Assembléia Nacional seria o legítimo sucessor até serem realizadas novas eleições presidenciais, segundo a Carta Magna Venezuelana, o Supremo Tribunal da Venezuela deverá em breve anunciá-las e, a partir desse anúncio, serão contados 30 dias até sua realização, período em que ocorrerão campanhas eleitorais que prometem ser bastante concorridas.
A transição para o novo governo deverá ser muito difícil. Nessa luta, Nicolás Maduro contará a seu favor com o testemunho público de Chavez de que, além de seu vice e herdeiro político, seria o novo presidente da Venezuela.
Grandes chances para um novo processo eleitoral, com grande polarização das forças políticas e provável vitoria de Nicolás Maduro, face a comoção pública.
Tal como o Peronismo, o Chavismo sobreviverá sem Chaves, pois por muitos anos sobreviverão e o guardarão na memória os milhões de venezuelanos tirados da miséria a partir a repartição, em projetos sociais, dos bilhões de petrodólares subtraídos das mãos da oligarquia que, por décadas, controlou a economia petrolífera, a única daquele país.
Chaves não desenvolveu a indústria, que os campeões do mercado de capitais e do liberalismo lhe cobram, mas com escolas, postos de saúde, hospitais, habitação, transportes e bem estar geral, tirou da miséria, deu abrigo, qualificação e dignidade a milhões que farão sobreviver seu projeto Chavista ... Isso para não falar no apoio estratégico dos moderníssimos 100.000 fuzis Kalashnikov AK-103 e 104, adquiridos da Rússia de Putin, em 2005, cujo paradeiro é desconhecido.
A passagem de poder promete ser difícil.