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Internacional

11 de Abril de 2021 as 22:04:05



IRÃ Ataque Cibernético e BlackOut em Instalações Nucleares de NATANZ


Menos de uma semana após um misterioso ataque a um navio iraniano no Mar Vermelho, um incidente ocorreu nas instalações nucleares subterrâneas de NATANZ pela segunda vez em menos de um ano, em meio ao aumento das tensões entre o Irã e Israel.
 
O chefe da Organização de Energia Atômica iraniana, Ali Akbar Salehi, declarou que o incidente foi resultado de um ato de “terrorismo nuclear”, do qual detalhes não foram revelados, sob a alegação de investigações estarem em andamento.
 
Foi mencionada, contudo, a ocorrência um apagão em larga escala causado por pane na rede elétrica que alimenta o local. O blecaute aconteceu após funcionários que trabalham no reator nuclear de Natanz reiniciarem a rotação das centrífugas avançadas que poderiam acelerar a produção de urânio enriquecido.
 
Behrouz Kamalvandi, porta-voz da Organização de Energia Atômica do Irã (AEOI), disse aos meios de comunicação iranianos,  neste domingo, 11.04, que a rede de distribuição de eletricidade de Natanz foi danificada devido a um incidente do qual não deu muitos detalhes.
 
Ressaltando que o incidente não causou danos humanos ou contaminação, Kamalvandi declarou:
 
"As causas do incidente estão sendo investigadas e serão anunciadas posteriormente".
 
Cautela
 
O porta-voz, por sua vez, não chamou o incidente de um ato de sabotagem. Em declarações à TV estatal, Kamalvandi apontou que não havia informações suficientes sobre o incidente ser um ato de sabotagem e que novas investigações são necessárias para determinar a causa do incidente.
 
O velho arqui-inimico
 
Mas suas explicações pouco fizeram para anular rumores de um papel israelense no que aconteceu em Natanz. Analistas e um advogado apontaram o dedo para Israel, dados os registros de seus esforços clandestinos para impedir o programa nuclear iraniano.
 
"Este incidente, que ocorreu no aniversário do Dia Nacional da Tecnologia Nuclear e durante os esforços do Irã para forçar o Ocidente a levantar sanções, é altamente suspeito de ser sabotagem e infiltração",
 
disse Malek Shariati, porta-voz do Comitê de Energia do Parlamento iraniano, no Twitter, observando que o parlamento está acompanhando o assunto e fará o anúncio após a conclusão.
 
O advogado estava comentando um tweet de Ali Samadzadeh, um especialista iraniano em assuntos internacionais, em que disse que "interromper a rede elétrica do sítio nuclear de Natanz tem sido um dos métodos de sabotagem nesta instalação estratégica do país por muitos anos, e uma solução deve ser encontrada para eliminá-la e preveni-la".
 
"Essa dor crônica deve ser curada",
 
disse Samadzadeh.
 
Alguns especialistas iranianos foram mais claros sobre quem estava por trás do incidente. Masoud Barati, especialista em sanções, culpou o incidente em Israel e chegou a dizer que foi uma continuação do recente ataque ao navio iraniano Saviz.
 
"O regime sionista [Israel] aumentou suas greves porque viu o Irã mordendo a isca das negociações. Depois o incidente do navio e agora Natanz",
 
disse ele no Twitter, traçando paralelos entre o governo Biden e seu antecessor.
 
Os meios de comunicação israelenses foram rápidos em sugerir um papel israelense. Enquanto o incidente ainda estava sob investigação, esses meios de comunicação lançaram a possibilidade de ataque cibernético, possivelmente por Israel.
 
"O incidente em Natanz na manhã de domingo não foi um 'acidente' e o dano é muito mais grave do que o que o Irã está apresentando ao público",
 
afirmou o The Jerusalem Post sem dar qualquer evidência para apoiar sua reivindicação.
 
Além disso, o Chefe de Estado-Maior das Forças Armadas israelenses Aviv Kochavi também parecia estar insinuando o envolvimento de Israel nos recentes desenvolvimentos em relação ao Irã, de acordo com o Times of Israel.
 
"As ações das Forças de Defesa de Israel em todo o Oriente Médio [Ásia Ocidental] não estão escondidas dos olhos de nossos inimigos. Eles estão nos observando, vendo nossas capacidades e cuidadosamente considerando seus próximos passos",
 
afirmou o alto general israelense.
 
"Os comentários de Kohavi vieram horas depois de surgirem relatos do Irã de que seu local nuclear de Natanz havia sofrido um problema envolvendo sua rede de distribuição elétrica e dias depois que os comandos israelenses supostamente detonaram minas limpet"
 
no navio iraniano no Mar Vermelho, acrescentou o The Times of Israel.
 
Na semana passada, o Ministério das Relações Exteriores do Irã emitiu um comunicado que confirmou relatos da mídia alegando que Saviz foi atacado no Mar Vermelho.
 
"O navio mercante iraniano Saviz sofreu pequenos danos no Mar Vermelho na costa de Djibouti por volta das 6h locais de 6 de abril de 2021, devido a uma explosão, a causa que está sendo investigada",
 
disse Saeed Khatibzadeh, porta-voz do Ministério.
 
O ataque a Saviz provocou uma onda de especulações sobre uma guerra naval entre o Irã e Israel. Mas alguns observadores colocaram o ataque, bem como o incidente em Natanz, no contexto mais amplo dos esforços de Israel para impedir que os EUA retornem a um acordo nuclear de 2015 oficialmente conhecido como Plano conjunto de ação abrangente (JCPOA).
 
Saviz foi atacado no mesmo dia em que o Irã e o P4+1 retomaram as negociações nucleares em Viena e o recente incidente em Natanz ocorreu no Dia Nacional iraniano de Tecnologia Nuclear. Isso levou alguns observadores a traçar uma ligação entre esses incidentes e Israel, que se opõe veementemente ao acordo nuclear iraniano.
 
A Associated Press disse que o incidente de Natanz complica os esforços dos EUA para reentrar no JCPOA.
 
O momento do incidente de Natanz também coincidiu com outro desenvolvimento relacionado à animosidade de Israel em relação ao JCPOA. Quando surgiram notícias do incidente, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, desembarcou em Israel no domingo. Após uma reunião com Austin, o ministro da Defesa israelense Benny Gantz disse que Israel vai cooperar com os EUA no JCPOA.
 
Confira a matéria na íntegra e em inglês no link a seguir:


Fonte: TEHRAN TIMES, Tradução, Chamada de Capa,e Copidescagem da Redação JF





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