PGR prorroga Lava Jato de Curitiba até final de janeiro de 2021
A Procuradoria-Geral da República decidiu prorrogar até o dia 31.01.2021 a continuidade dos trabalhos da força-tarefa da operação Lava Jato de Curitiba e a atuação dos 14 procuradores anteriormente designados. A decisão da PGR não atende a demanda da força-tarefa que pretendia prorrogar por um ano a permanência dos trabalhos.
A decisão da PGR foi expressa em nota divulgada por sua assessoria de imprensa na 4ª feira, 09.09.2020. A PGR comunicou que o ASMPF Conselho Superior do Ministério Público Federal recebeu a incumbência de desenvolver e adotar soluções para ampliar e institucionalizar a atuação conjunta de órgãos públicos no combate à corrupção no País.
A prorrogação dos trabalhos da força-tarefa de Curitiba, por apenas mais cinco meses, constestualiza-se no quadro de fortes críticas e suspeitas de graves delitos na atuação do MPF, tais como ao abuso de poder, e desrespeito à ordem constitucional democrática do País, ao código da magistratura, aos códigos Penal e do Processo Penal, a acordos ilegais com organismos de outros países, lesivos ao interesse nacional, à tentativa de interferência no funcionamento do Senado Federal, à configuração de acordos de delação premiada de reus exclusivamente à bancas de advogados indicadas pelos procuradores e mediante acusações a reus especificamente designados pelos procuradores, à suspeita de subornos para a aceitação de acordos de delação premiada etc.
Nesse quadro, o coordenador da força-tarefa de Curitiba tem sido intensamente criticado no STF Superior Tribunal Federal, com destaque ao ministro Gilmar Mendes.
Também o CNMPF finalmente impôs, nesta semana, pena de censura ao procurador Deltan Dallagnol por comentários feitos contra o senador Renan Calheiros, do MDB de Alagoas, em suas redes sociais, buscando explicitamente prejudicar sua candidatura à presidência do Senado Federal, em 2019. Insatisfeito com a pena de censura a Dallagnol, o senador Renan Calheiros declarou que irá processar civilmente Dallagnol em danos morais.
Na semana passada o CNMPF arquivou por decurso de prazo um processo contra Dallagnol protocolado pela defesa de Luiz Inácio Lula da Silva, em razão das ilegalidades cometidas pelo procurador no episódio que passou a ser conhecido como "Powerpoint". Vergonhosamente o CNMPF adiou por quarenta vezes o julgamento.
Leia também a matéria
* EDITORIAL - Dallagnol deixa Operação LavaJato e Legado de Miséria e
Decadência do MPF