Descrevendo seu legado e apresentando o panorama de respeito ao teto de gastos em 2021 e retomada do crescimento, Paulo Guedes sinaliza para a necessidade, ao seu ver, de serem destinadas aos nvestimentos, as verbas "travadas" no Orçamento da União, aquelas antes destinadas por lei à Saúde, à Educação e à Previdência Social, conforme aprovado pelo Congresso Nacional.
O teto federal de gastos será necessário enquanto não forem feitas reformas estruturais na economia brasileira, disse nesta 4ª feira, 19.08, o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Em discurso na solenidade de sanção de programas de ajuda para micro, pequenas e médias empresas, o ministro afirmou que pode ser necessário travar o piso de gastos obrigatórios para que o governo possa retomar a capacidade de investimentos.
“O teto sem as paredes, com o piso subindo, é uma questão de tempo. Então vai ter um momento em que nós vamos ter que superar isso e travar o piso, recuperando o espaço para os investimentos públicos e para as decisões corretas. Enquanto isso não houver, o teto é indispensável. É como se fosse uma promessa de seriedade na condução dos orçamentos públicos”,
declarou o ministro.
Para o ministro, o teto e as reformas estruturais são indispensáveis para que o Brasil alcance uma trajetória de crescimento sustentável a partir de 2021. Segundo ele, as medidas de estímulo ao crédito, aliadas à retomada das exportações e à recuperação da construção civil podem ser executadas paralelamente ao aprofundamento das reformas.
Confiança
Em seu discurso, o ministro reafirmou a proximidade com o presidente Jair Bolsonaro, indicando a confiança mútua entre os dois.
“Desde que eu conheci o presidente, eu confiei. Ele não me faltou a confiança nunca, e eu espero também não ter faltado em nenhum momento. Nós estamos juntos”,
declarou.
Guedes ressaltou que o tempo das reformas corresponde à política e que quem tem os votos é o presidente. Disse que medidas como o auxílio emergencial, o saque emergencial do FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e o estímulo ao crédito para empresas de menor porte darão ignição para que a economia reaja até o fim do ano. A partir de 2021, no entanto, a preocupação com as contas públicas deve ser retomada.
“Tudo isso agora está empurrando a economia neste final de ano, e nós esperamos ir aprofundando as reformas. De forma que o Brasil, já olhando para o ano seguinte, está de volta no trilho do desenvolvimento sustentável, que é onde estávamos antes”,
comentou o ministro.
Descrevendo seu legado e apresentando o panorama de respeito ao teto de gastos em 2021 e retomada do crescimento, que no passado já disse que somente acontecerá em um segundo mandato de Bolsonaro, Paulo Guedes sinaliza para a necessidade, ao seu ver, de serem destinadas aos nvestimentos, as verbas "travadas" no Orçamento da União, aquelas antes destinadas por lei à Saúde, à Educação e à Previdência Social, conforme aprovado pelo Congresso Nacional.
Economista ultra-liberal admirador de Pinochet, Guedes tem dificuldade de acolher os parâmetros da lei, da partição de poderes e da sociedade democrática. E já recebeu, em 10.06.2020, a puchada de orelha pelo TCU, ao analisar as contas da Presidência da República referentes a 2019, aprovadas com ressalvas, com irregularidades que totalizam R$ 9,82 bilhões. Confira aqui.
Premido por essas pedaladas fiscais de 2019, Paulo Guedes justifica-se com relação a 2020 e sinaliza ao mercado financeiro e ao TCU que 2021 poderá ser o ano de respeito ao teto de gastos. 2020 é outra história.