Alexandre Tombini, presidente do Banco Central, afirmou que é alto o preço da gasolina no Brasil, comparativamente a outros países.
Essa declaração foi feira à Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.
“O preço do litro da gasolina, em qualquer comparação internacional, mostra nosso preço na parte mais elevada”,
disse.
Na ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na semana passada, o BC previu estabilidade no preço da gasolina, em 2012. Não há previsão para 2013.
Tombini também considera alto os preços da energia no país, mas lembra que o governo adotou medidas para reduzir esses custos.
No último dia 4, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou notícias de que governo teria aprovado reajuste de 10% no preço da gasolina.
“Não haverá aumento, que eu saiba. A Petrobras não me informou nada. Como sou presidente do Conselho de Administração, se ela não me informar, não tem aumento”,
declarou.
Diante desse quadro, considerado:
1) o esforço das autoridades em negar a iminência de elevação de preço dos combustíveis;
2) as dificuldades da PETROBRAS de formar 'caixa' para a condução de seus investimentos no PRESAL, estratégicos para o País e para a estratégia do governo;
2) o processo de desinvestimento, conduzido nos últimos meses pela PETROBRAS, em ativos não estratégicos;
3) a perda de valor das ações da PETROBRAS nas bolsas de valores, bem como as intensas pressões do mercado financeiro para que a PETROBRAS volte a apresentar resultados financeiros interessantes aos seus acionistas;
4) que os índices de preços de dezembro/2012, estimados a cada semana pela imprensa econômica, poderiam desde novembro/12 já ter puxado para cima a inflação medida pelo IPCA, a níveis que conduzissem o cumprimento da meta de inflação para este ano;
5) que a inflação de 2012 já está estimada em 5,5%, no limiar do Regime de Metas de Inflação;
Consideramos, no JORNAL FRANQUIA, que o Governo Federal deverá aprovar a elevação do preço dos combustíveis no apagar das luzes de 2012, como já aconteceu em outras ocasiões e em outros governos:
1) mitigando, neste ano, os efeitos inflacionários do aumento dos combustíveis.
2) contendo o consumo elevado de combustíveis em período de férias e com isso reduzindo a necessidade sua importação pela Petrobrás
3) recompondo o caixa da PETROBRAS;
4) amenizando as pressões do mercado financeiro sobre a política econômica governamental.
Estimamos que o aumento autorizado atinja 7,5% para a gasolina e 3,5% para o diesel.