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Economia e Finanças

17 de Março de 2020 as 12:03:13



COPOM reúne-se hoje e amanhã para definir nova SELIC


Imagem da sede do Banco Central
 
Comitê reúne-se nesta 3ª e 4ª feira, quando anuncia a Selic
Há pressões do mercado para reduzí-la a 3,50%
 
O COPOM Comitê de Política Monetária do Banco Central (BC) reúne-se nesta 3ª e 4ª feira, 18 e 19.03, para definir a taxa Selic, atualmente situada em 4,25% ao ano.
 
O avanço do novo coronavírus e a instabilidade do mercado financeiro na última semana levaram à indefinição, pelo próprio mercado a respeito da direção a ser tomada sobre o destino da SELIC, os juros básicos da economia.
 
No início da semana passada, a maioria das instituições financeiras consultadas pelo Boletim Focus, do Banco Central, previa a manutenção da Selic, que está no menor nível da história.
 
Todavia, a forte alta do dólar e a queda da bolsa nos últimos dias provocaram uma inversão de expectativas. A curva de juros no mercado futuro subiu, indicando que parte dos agentes financeiros aposta em um possível aumento da Selic.
 
Há quase duas semanas, quando as turbulências no mercado financeiro começaram a se intensificar, o Banco Central emitiu comunicado no qual informou que consideraria os efeitos da desaceleração da economia e da deterioração dos ativos financeiros sobre a inflação antes de tomar uma decisão sobre a Selic.
 
Em seu comunicado, o BC já avaliava que a baixa demanda iria prevalecer, de modo a impedir o repasse da alta do dólar para os preços, teoricamente resultante da redução da SELIC. E o mercado entendeu isso como uma indicação de que os juros poderão baixar nesta reunião do COPOM.
 
Na verdade, o COPOM enfrenta no momento um grande dilema: se, por um lado, ao reduzir a SELIC poderia teoricamente promover a ativação da economia e fazer o País fugir da possiblidade de recessão suscitada pela queda no preço internacional das commodities, queda das receitas das exportações brasileiras e fuga de capitais do País; paralelamente, reduzir a SELIC também implicaria na evasão de recursos externos em busca de taxas alternativas maiores de remuneração de capitais no exterior, a consequente subida do preço do dólar e seus efeitos inflacionários sobre o Real, além de forçar o Banco Central a se desfazer de parcela das Reservas Internacionais do Brasil para estabilizar o câmbio no País.  
 
Por outro lado, subir a SELIC, ainda que teoricamente poderia levar à estabilização do câmbio, poderia também negativamente repelir as possibilidades de retomada da atividade econômica e de redução do nível de desemprego.
 
Copom
 
O Comitê de Política Monetária reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.
 
O Banco Central atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima ao valor definido na reunião.
 
A Selic, que serve de referência para os demais juros da economia, é a taxa média cobrada em negociações com títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, registradas diariamente no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia.
 
Ao definir a Selic, o Copom considera as alterações anteriores nos juros básicos suficientes para chegar à meta de inflação, objetivo que deve ser perseguido pelo BC.
 
Ao reduzir os juros básicos, a tendência é diminuir os custos do crédito e incentivar a produção e o consumo. Entretanto, as taxas de juros do crédito não caem na mesma proporção da Selic. Segundo o BC, isso acontece porque a Selic é apenas uma parte do custo do crédito.
 
Para cortar a Selic, a autoridade monetária precisa estar segura de que os preços estão sob controle e não correm risco de ficar acima da meta de inflação.
 
Quando o Copom aumenta a Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
 
A meta de inflação, definida pelo CMN Conselho Monetário Nacional, é 4% em 2020; 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.


Fonte: REDAÇÃO JF e AGENCIA BRASIL





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