As tensões EUA-Irã aumentaram no Oriente Médio após a morte do poderoso general iraniano, Qassem Suleimani
Um ataque aéreo dos EUA, por meio de três mísseis disparados por um drone, matou, no aeroporto de Bagdá, Iraque, o poderoso general iraniano Qassem Suleimani, o segundo homem na hierarquia do governo iraniano, nas primeiras horas desta 6ª feira, 03.01, horário de Bagdá, quando o general saia do aeroporto internacional dessa cidade em um comboio.
As tensões entre Washington e Teerã estavam aumentando desde que um empreiteiro dos EUA foi morto em uma base aérea iraquiana perto da cidade de Kirkuk em 27 de dezembro. O cidadão americano foi morto em um ataque de foguete pelo grupo de milícias xiitas Kata'ib Hezbollah (KH). O grupo é apoiado pelo Irã.
Os EUA lançaram uma série de ataques retaliatórios às bases do KH, três no Iraque e dois na Síria. O Irã e a Rússia condenaram os ataques, que teriam matado pelo menos 25 pessoas.
Centenas de manifestantes também invadiram a embaixada dos EUA na zona verde de Bagdá em 31 de dezembro. Depois de declarar a embaixada segura, Trump twittou:
“O Irã será totalmente responsável por vidas perdidas ou danos sofridos em qualquer uma de nossas instalações. Eles vão pagar um preço muito grande! Isso não é um aviso, é uma ameaça. Feliz Ano Novo!"
É impossível prever o próximo passo do Irã ou dos EUA. As autoridades iranianas prometeram vingança, mas não está claro onde isso pode acontecer.
O Irã possui aliados e emissários em países no Oriente Médio que no passado estiveram aptos para atuar em seu favor. Bases e tropas dos EUA na região podem tornar-se alvos. Além disso, o Irã pode optar por atacar interesses econômicos dos EUA, interrompendo, por exemplo, o transporte de petróleo e gás no Golfo Pérsico e no Estreito de Ormuz, ou ainda a produção de petróleo na Arábia Saudita. táticas de que já fez uso. Poderá atacar Israel, um aliado dos EUA e seu arqui-inimigo.