Diário do Mercado na 4ª feira, 11.09.2019
Ibovespa fecha positivo, mesmo com realizações ao longo do dia
Comentário.
O índice brasileiro teve um início favorável, mas arrefeceu na parte da tarde. O impacto adverso adveio da queda do preço do barril de petróleo, que pressionou para baixo as cotações das ações da Petrobras.
Também, realizações no setor de bancos e no setor de siderurgia e mineração, que haviam subido recentemente, contribuíram para o índice abrandar seu movimento ascendente.
Mesmo assim, a recuperação de papéis de varejo, favorecido por dado melhor do que o esperado pelos agentes para o setor, e do setor de construção civil, com notícia bem recebida do programa “Minha Casa Minha Vida”, garantiram o fechamento positivo.
De outra mão, a bolsa brasileira foi beneficiada pelas altas dos índices acionários de Nova York, que terminaram em suas “máximas do dia”. A percepção de avanço nas negociações comerciais entre EUA e China trouxe alívio aos investidores. Neste cenário, as principais bolsas de valores na Europa fecharam em alta, na véspera da decisão de política monetária pelo BCE (Banco Central Europeu).
No Brasil, o dólar comercial fechou cotado a R$ 4,0640 (-0,76%). A maior parte dos juros futuros cederam, com altas pontuais tão somente em alguns vencimentos intermediários.
Ibovespa.
O índice abriu ascendente e chegou a testar os 104 mil pts ainda pela manhã. Depois arrefeceu seu movimento altista logo no início da tarde e passou a circundar os 103 mil pts, com pequenas variações, até seu fechamento.
O Ibovespa encerrou aos 103.445 pts (+0,40%), acumulando +0,50% na semana, +2,29% no mês, +17,70% no ano e +38,56% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 16,706 bilhões, sendo R$ 15,592 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 9 de setembro (último dado disponível), a bolsa teve saída líquida de -R$ 8,752 milhões em capital estrangeiro, com o saldo negativo passando a -R$ 2,035 bilhões no mês. Em 2019, a retirada líquida acumulada situa-se em -R$ 23,264 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, as vendas a varejo cresceram 1,0% em julho (com ajuste sazonal) versus +0,5% em junho (revisado de +0,1%), com média móvel trimestral de +0,5%. Em relação a julho de 2018, houve avanço de +4,3%. O indicador passou a acumular +1,2% no ano e +1,6% em 12 meses.
O comércio varejista ampliado (inclui o setor automobilístico e o de materiais de construção) variou +0,7% em julho (com ajuste sazonal) ante +0,2% em junho (revisado de 0,0%), com média móvel trimestral de +0,5%. Em comparação a julho de 2018, cresceu +7,6%. O índice passou a acumular +3,8% no ano e +4,1% em 12 meses.
Câmbio e CDS.
O dólar findou cotado em baixa frente ao real, repercutindo a visão melhor sobre a economia no dia com o resultado acima do esperado pelo mercado das vendas no varejo em julho.
A moeda fechou cotada R$ 4,0640 (-0,76%), variando +0,39% na semana, -1,88% no mês, +4,88% no ano e -2,19% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil 5 anos permaneceu em 124 pts.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular não distantes dos ajustes da véspera, com viés de baixa em sua maioria, mas com alta em alguns contratos intermediários.
Em relação à sessão anterior, fecharam: DI janeiro/2020 em 5,30% (mínima) de 5,31%; DI janeiro/2021 em 5,38% de 5,35%; DI janeiro/2023 estável em 6,45%; DI janeiro/2025 em 7,00% de 7,01%; DI janeiro/2027 em 7,31% de 7,33%.
Agenda
Brasil: Atividade econômica;
EUA: IPC, Novos pedidos seguro-desemprego, Orçamento mensal, adiantamento de vendas no varejo, Índice confiança consumidor Univ. Michigan;
Alemanha: IPC;
França: IPC;
Reino Unido: Produção industrial;
Zona do euro: Produção industrial;
Japão: Produção industrial.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise o comportamento do mercado na 4ª feira, 11.09.2019, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos
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