De acordo com Mike Pompeu, chefe da diplomacia americana, o atual governo planeja retornar a seus soldados antes das eleições presidenciais de novembro de 2020.
O presidente dos EUA, Donald Trump, foi quem ordenou que os soldados retornassem, disse Pompeo durante uma reunião do Clube Econômico em Washington.
"Ele deixou bem claro: 'Pare com essa guerra sem fim, aperte o gatilho'".
Negociações de Paz
As declarações do ministro das Relações Exteriores são feitas justamente quando os EUA se preparam para as negociações de paz que buscam pôr fim a quase duas décadas de conflito armado no país da Ásia Central.
Enquanto isso, o governo afegão anunciou que em duas semanas iniciarão conversações de paz "face a face" com o Talibã em um país europeu.
No início de julho, Trump anunciou que os EUA reduziriam o número de suas tropas no Afeganistão, mas deixariam as unidades de inteligência. Segundo fontes oficiais, Washington mantém cerca de 14 mil militares em solo afegão.
NOTA DA REDAÇÃO
Após quase duas décadas de guerra e com Trump interessado em reeleição, seu governo planeja mandar as tropas de volta para casa, restando ao governo afegão abrir tardias negociações de paz com o Taleban.
Embora o motivo alegado para a guerra do Afeganistão, iniciada em 07.10.2001 por Bush Filho, tenha sido o combate ao terrorismo, a destruição do Taleban, da Al-Qaeda e de Osama BinLaden, o objetivo inconfesso foi a construição de um gasoduto em direção à Europa, para competir com o gas russo monopolista. Para a implantação do gasoduto, seria necessária a adesão dos países em seu percurso, daí a busca norte-americana pela derrubada mal-sucedida dos governos sírio, de Bashar al-Assad, e turco, de Recep T. Erdogan, que se antagonizam à iniciativa.