Ato pífio de 50 pessoas em apoio à Lava Jato demonstra o poder de mobilização popular do movimento Vem pra Rua, após a maracutaia mal explicada dos R$ 2,5 milhões da Petrobras na mão da Força-Tarefa da República de Curitiba; e as evidências de vinculação do Clã Bolsonaro com a milícia que assassinou Marielle Franco
Manifestantes reuniram-se em Brasilia na manhã de domingo, 17.03, em frente em STF Supremo Tribunal Federal, para protestar contra a decisão da Corte que prevê que casos de corrupção e lavagem de dinheiro, quando investigados junto à caixa dois, sejam julgados pela Justiça Eleitoral.
A manifestação começou por volta das 10h da manhã com cerca de 50 pessoas, que entoavam o Hino Nacional. A estimativa da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) é que, apesar da chuva, cerca de 100 pessoas, até as 11h, participavam do ato.
A representante do movimento Vem pra Rua em Brasília, Celina Gonçalves, considera a decisão do STF inadequada. Ela disse temer que a tramitação desse tipo de crime na Justiça Eleitoral fique travada e que os atos prescrevam.
O auditor Júlio Bessa, 54 anos, citou, durante o ato, palavras proferidas pelo ministro Luis Roberto Barroso na última 6ª feira, 15.03, condenando a migração dos crimes para a Justiça Eleitoral.
“Estamos aqui hoje para corroborar esse entendimento do Barroso. O plenário está rachado”,
disse, ao fazer referência ao resultado do julgamento, realizado na 6ª feira, 15.03, quando seis ministros julgaram a favor do envio dos processos para a Justiça Eleitoral e cinco contra.
A manifestação foi organizada por grupos de pessoas, por meio de rede social na internet, e previam atos em várias cidades, entre elas, São Paulo e Rio de Janeiro.