Diário de Mercado - 29 de agosto 2018
Bolsas de Nova York em recorde e commodities induzem alta
Comentário.
O Ibovespa foi beneficiado pelos recordes dos índices de Nova York e pela avanço do preço de algumas commodities, associado a uma trégua eleitoral neste final de mês.
A questão envolvendo a indefinição eleitoral foi, momentaneamente, deixada de lado, com os agentes preferindo aguardar o início da campanha eleitoral na televisão a partir do próximo sábado (1º de setembro), para ter um novo norteamento de posições em relação a viabilidade dos candidatos que poderão avançar para o segundo turno.
A ações da Petrobras ações avançaram firmemente hoje (PETR PN: R$19,29; +5,12%; e PETR ON: R$22,18; +4,43%) e foram destaques no índice doméstico – que retornou a casa dos 78 mil pts.
A percepção do mercado que um real mais desvalorizado em conjunto com a elevação do petróleo no mercado internacional tende a levar a novos reajustes, pela fórmula implementada de combustíveis, favorecerá a obtenção de receitas pela empresa e impulsionaram seus papéis na sessão.
O dólar cedeu R$ 4,1190 (-0,44%), mas se mantém como “proteção” para turbulências de curto prazo, na visão dos investidores. Os juros futuros acompanharam a movimentação da divisa norte-americana e arrefeceram como um todo.
Ibovespa.
O mercado acionário recuperou parte das perdas do mês de agosto, especialmente calcado na performance dos bancos e da Petrobras, esta última tendo como driver preponderante a cotação do petróleo no mercado externo, que atingiu a máxima das últimas 3 semanas.
O índice fechou aos 78.388 pts (+1,18%), acumulando recuo de 1,05% no mês e alta de 2,60% no ano e de 9,90% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 8,55 bilhões, sendo R$ 8,21 bilhões no mercado à vista.
Capítais Externos na Bolsa.
No dia 24 (último dado disponível), houve ingresso líquido de R$ 341,938 milhões em capital estrangeiro na Bovespa, somando saldo positivo de R$ 3,137 bilhões em agosto, diminuindo o saldo negativo do ano para R$ 3,054 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o estoque total de crédito caiu 0,2% em julho, somando 3,125 trilhões, em junho, o estoque havia avançado 0,7%. Já em 12 meses o crédito subiu 2,4%. A taxa de inadimplência para a pessoa física se manteve em 5,0% em julho.
Nos EUA, a 2ª prévia do PIB apontou um crescimento anualizado de 4,2% para o 2T18, ligeiramente melhor que o consenso em 4,1%.
Câmbio e CDS.
Apesar da abertura pressionada por ansiedades no âmbito político, o dólar acabou arrefecendo ao longo da sessão. O noticiário externo foi ausente de direcionadores, mas mesmo assim a divisa perdeu terreno ante a maioria dos pares em economias desenvolvidas bem como em emergentes, fechando ante o real valendo R$ 4,1190 (-0,44%), passando a acumular alta de 0,35% na semana, 9,69% no mês, 24,25% no ano e 30,14% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos subiu a 292 pts, ante 291 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros recuaram moderadamente nos vértices curtos e intermediários da estrutura a termo da curva, acompanhando a trajetória do câmbio. Na seção longa os vencimentos operaram predominantemente em estabilidade.
Para a semana.
No Brasil, taxa de desemprego, inflação pelo IGP-M, resultado primário e o grande destaque da semana: o PIB relativo ao 2T18. No exterior, dados de renda, gastos pessoais e o PCE nos EUA.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análsie do comportamento do mercado na 4ª feira, 29.08.2018, elaborado por HAMILTON ALVES, CNPI-T, RICARDO VIEITES, CNPI, e RAFAEL REIS, CNPI-P, integrantes da equipe do BB Investimentos.