MAGAZINE LUIZA - Resultado no 2º trimestre2018
Sem Palavras ... Excepcionais
Os resultados do 2T18 do Magazine Luiza vieram excepcionais, ultrapassando nossas estimativas mesmo após termos revisado nossos números para cima em julho.
Apesar da greve dos caminhoneiros, a companhia foi capaz de entregar o maior crescimento de vendas trimestrais dos últimos 5 anos: +66,1% a/a no e-commerce (incluindo as vendas do marketplace) e +34,1% a/a nas lojas físicas, o que foi realmente impressionante.
Durante o trimestre, a empresa duplicou seu market share na categoria de imagem em relação à 2014 (principalmente em TV), graças à uma campanha de marketing bem-sucedida antes da Copa do Mundo.
Além disso, parece que, até agora, o MGLU foi o varejista que melhor gerenciou os problemas trazidos pela greve. De acordo com o release, em resposta à greve, a empresa aumentou os prazos de entrega para os novos pedidos e lançou uma campanha de marketing chamada “Vale à pena esperar”, oferecendo frete grátis para os consumidores que fizeram compras durante o período da greve.
Adicionalmente, graças à sua estrutura logística diferenciada (Malha Luiza, que conta com mais de 1.500 transportadoras independentes), apenas uma semana após o final da greve as lojas já estavam completamente abastecidas e os pedidos pendentes totalmente entregues.
Olhando para o 1S18 como um todo, as vendas do Magazine Luiza expandiram 34,8% a/a contra uma média de mercado de -1,3% (de acordo com o IBGE, referente aos primeiros 5 meses do ano), provando que a companhia tem ganhando participação de mercado consistentemente.
Embora o management tenha enfatizado no release que está mais cauteloso em relação ao segundo semestre do ano, por conta das incertezas políticas e de uma base comparativa difícil do ano passado, acreditamos que nossas estimativas estavam muito conservadoras mais uma vez. Sendo assim, decidimos colocar nossas projeções em revisão por ora.
Vendas vieram excepcionais mais uma vez…
O desempenho do top line surpreendeu, mostrando uma expansão de 39,5% a/a, para R$ 4,5 bilhões, ultrapassando nossas estimativas em 9,8%. As vendas em mesmas lojas vieram muito fortes: +27,1% a/a, mesmo com uma base comparativa forte de +14,1% a/a do 2T17.
A aceleração de abertura de novas lojas nos últimos 12 meses (71 contra 27 no ano anterior) também beneficiou o top line no trimestre, levando a um aumento de vendas total de 34,1% a/a nas lojas físicas.
Além disso, o e-commerce expandiu inacreditáveis 54,8% a/a no 2T18 (ou +66,1% a/a incluindo o marketplace), também contra uma base comparativa robusta de +55,6% a/a do 2T17.
…com margens operacionais acima do esperado.
A margem bruta reduziu 0,9 p.p. a/a, para 30.0% (+0,1 p.p. A/E), o que já era esperado, por conta da maior participação do e-commerce nas vendas totais e devido ao forte desempenho da categoria de imagem antes da Copa do Mundo (produtos com margem comercial menor).
Mesmo assim, a margem EBITDA diminuiu apenas 0,2 p.p. a/a, para 8,5% (+0,3 p.p. A/E), beneficiada pela maior alavancagem operacional (despesas com VG&A aumentaram 29,8% enquanto as vendas expandiram 39,5% a/a).
É válido mencionar que a estratégia atual da companhia tem sido focada em investir ganhos de rentabilidade em melhores níveis de serviço aos clientes.
Confra no anexo a íntegra do relatório de análise do resultado apresentado pela MAGAZINE LUIZA no 2º trimestre/2018, elaborado por MARIA PAULA CANTUSIO, CEA, CNPI 1390, Analista Sênior do BB Investimentos
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