TAESA - Resultado no 2º trimestre/2018
Queda de RAP afeta resultado regulatório e IGP-M impulsiona o IFRS
Na contabilidade regulatória, a receita líquida no trimestre foi de R$ 413,9 milhões (-1,1% t/t e -4,5 a/a), em função da queda de 50% da RAP das concessões ETEO e TSN, e do aumento da parcela variável (PV) em razão de desligamento automático de uma linha de transmissão, além da manutenção corretiva em uma subestação.
Já no IFRS, a receita foi impulsionada pela correção monetária do ativo financeiro pelo maior IGP-M apurado no período, atingindo R$ 351,2 milhões (10,9% t/t e 107,5% a/a).
O total de custos de O&M e despesas administrativas sem depreciação registrou alta de 8,9% a/a, devido principalmente ao aumento das despesas com pessoal de 15,1% a/a, das quais 7,8% se referem ao reajuste salarial e aumento de funcionários em função das novas SPEs, enquanto os demais 7,3% são referentes à uma correção de erro no provisionamento de verbas e encargos relacionados a férias, 13º e PLR.
As despesas de pessoal corresponderam por 60% do total de custos e despesas sem depreciação do trimestre. Assim, o EBITDA regulatório trimestral foi R$ 361,3 milhões(-3,2% t/t e -6,1% a/a), correspondendo a uma margem EBITDA de 87,3%.
O resultado de equivalência patrimonial adicionou R$ 58,7 milhões ao resultado do trimestre, +8% t/t, porém 1,8% inferior ao 2T17 em função da queda da RAP das concessões EATE, ETEP e ECTE. No acumulado do 1S18, o resultado de equivalência patrimonial foi de R$ 112,9 milhões, 3,2% inferior ao 1S17.
O resultado financeiro veio negativo em R$ 54,7 milhões, +3,1% a/a, com queda tanto da receita quanto da despesa financeira devido à redução do CDI, enquanto a alta no IPCA impactou negativamente as variações monetárias.
O lucro líquido regulatório foi de R$ 272,2 milhões no trimestre (+5,9% t/t e -1,4% a/a), enquanto no IFRS o lucro líquido totalizou R$ 259,1 milhões, +19,3% t/t e +259,9% a/a, devido ao impacto do maior IGP-M no período sobre a receita em IFRS.
Endividamento.
O endividamento líquido consolidado atingiu R$ 2.311,2 milhões, crescimento de 6,1% t/t e queda de 15,1% a/a, trazendo a alavancagem medida pela relação entre dívida líquida/EBITDA dos últimos doze meses para 1,5 vezes.
Dividendos.
O conselho de administração da companhia aprovou a distribuição de R$ 164,3 milhões (R$ 0,48/unit) a título de dividendos intercalares e JCP, com base no resultado do 2T18, equivalentes a 63,4% do lucro líquido IFRS do período, e a um retorno de 2,4% em relação ao último fechamento da unit. O pagamento ocorrerá no dia 20 de agosto, com base na posição acionária de 9 de agosto de 2018.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do resultado apresentado pela TAESA no 2º trimestre/2018, elaborado por RAFAEL DIAS, CNPI, Analista Sênior do BB Investimentos
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