Secretário do Tesouro dos EUA diz que defende comércio "livre e justo"
O secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, minimizou o impacto da guerra comercial com a China sobre a economia dos EUA e reafirmou a intenção de seu governo de defender um comércio mundial “livre e justo”, sem tarifas, barreiras tarifárias ou subsídios.
Em entrevista coletiva, após dois dias de reuniões de ministros da Fazenda e presidentes do Banco Central do G20, grupo das 19 maiores economias mundiais e a União Europeia, ele negou que o governo norte-americano esteja internacionalmente isolado.
“Tive 22 encontros bilaterais em dois dias”,
afirmou Mnuchin.
Ele negou que os EUA tenham se enclausurado após aplicarem tarifas a produtos chineses e ameaçarem fazer o mesmo em relação a veículos importados – algo que prejudicaria seus aliados da União Europeia e do Japão.
O secretário reiterou que a maior economia do planeta sempre foi aberta, mas não tem recebido tratamento recíproco – o que explica seu déficit na balança comercial. Segundo ele, é isso que o presidente Donald Trump pretende corrigir.
A diretora do FMI Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, alertou que a guerra comercial terá um impacto negativo no PIB Produto Interno Bruto mundial, que em 2020 crescera menos que o previsto. O prejuízo pode ser equivalente a US$ 430 bilhões no pior cenário. Os EUA, segundo ela, também serão afetados.
“Gosto da Christine [Lagarde], e estamos monitorando esse assunto, mas até agora só registramos microimpactos em setores muito específicos”,
disse Mnuchin. Ele assegurou que os EUA estão abertos a conversas com todos os países, para estimular o comércio mundial. Mas querem receber tratamento igual de seus parceiros.
“Nos não obrigamos os chineses a fazerem joint-ventures [associação para criar uma empresa] quando investem nos EUA e não queremos que nossas empresas sejam obrigadas a fazer joint-ventures quando investem na China”,
disse.