Merkel conversou com Macron e Theresa May, no fim de semana para articulação de atuação conjunta
Por meio de conversas telefônicas neste fim de semana, ANGELA MERKEL, chanceler alemã, Emmanuel MACRON, presidente francês, e Theresa MAY, a primeira-ministra britânica, concordaram que a UE União Europeia deve estar pronta para defender seus interesses comerciais se os EUA tomarem medidas comerciais contra o bloco.
"A chanceler conversou com o presidente [Macron] e a primeira-ministra [May] sobre as relações comerciais com os EUA. Eles concordaram que os EUA não deveriam adotar medidas ligadas ao comércio contra a União Europeia e que, caso contrário, a UE União Europeia deve estar pronta para defender seus interesses no âmbito do sistema multilateral de comércio",
diz a declaração divulgada pela chancelaria alemã no domingo, 29.04.
Acordo nuclear do Irã
Além da relação com os EUA, os três líderes também reiteraram em conjunto seus apelos para que Washington permaneça no acordo nuclear com o Irã, ao mesmo tempo em que expressam prontidão para um formato mais amplo de conversas sobre o assunto, declarou o gabinete alemão.
"Os três [líderes] mais uma vez apoiaram unanimemente a ideia de que os EUA devem permanecer no acordo sobre o programa nuclear do Irã. Ao mesmo tempo, reafirmaram sua prontidão para desenvolver acordos adicionais em um formato mais amplo com todas as partes envolvidas na duração do programa nuclear quanto restrições nucleares em outros tópicos, principalmente o programa de mísseis balísticos iranianos e seu papel regional",
diz a declaração.
As partes também concordaram sobre a importância do acordo nuclear com o Irã como a melhor maneira de neutralizar a "ameaça de um Irã com armas nucleares", embora tenham apontado que existem alguns elementos que o acordo não cobre, ou seja, "mísseis balísticos".
A Alemanha, a França e o Reino Unido também notaram o valor do engajamento contínuo no formato Reino Unido-França-Alemanha para promover seus interesses e segurança compartilhados.
O presidente dos EUA, Donald Trump, tem repetidamente criticado o acordo nuclear, formalmente conhecido como Plano Conjunto de Ação Global (JCPOA), que coloca restrições à pesquisa nuclear de Teerã em troca de sanções.
Em janeiro, Trump pediu ao congresso norte-americano e aos aliados da União Europeia que resolvessem "falhas" no acordo. Os Estados Unidos devem anunciar se vão estender as isenções de sanções dos EUA para o Irã em 12 de maio.
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