Diário de Mercado da 6ª feira, 16.03.2018
Em dia de zeragem de opções, mercado seguiu em compasso de espera
Resumo.
O Ibovespa oscilou um pouco em sua abertura, mas, reagiu em alta e seguiu operando em campo positivo até a pouco depois da primeira hora da tarde, no último dia de “zeragem” de posicionamentos no mercado de opções sobre ações, cujo exercício deste vencimento findará na próxima 2ª feira. 19.03.
Este começo positivo foi favorecido pelas altas iniciais das bolsas em Nova York e pela notícia que ratificou a fusão da Suzano com a Fibria – que fez disparar a ação da primeira por conta desta assumir o controle da nova empresa, enquanto o papel da segunda teve queda expressiva, devolvendo parte dos expressivos ganhos recentes. Todavia, sem outras novidades, o índice brasileiro foi seguindo a tendência fraquejante do S&P500 e passou a rondar a estabilidade após às 13h30min.
A opção pela cautela no pregão também se deveu as expectativas do comunicado da decisão da taxa de juros pelo Fed nos EUA na próxima quarta-feira – o mercado já precificou alta de 25 pts-base, para o intervalo entre 1,50% e 1,75%. Também, no mesmo dia, a decisão do Copom sobre a taxa Selic – na qual os agentes esperam corte de 25 pts-base, para 6,50%.
Ibovespa.
O destaque do dia foi a notícia da fusão entre Suzano e Fibria, com o controle da nova empresa com a primeira. Assim, a ação da Suzano (SUZB3) avançou 21,79% e o papel da Fibria (FIBR3) desabou 10,22%.
O Ibovespa fechou aos 84.886 pontos (-0,05%), acumulando -1,72% na semana, -0,55% no mês, +11,10% no ano e +29,04% em 12 meses. O robusto giro preliminar da Bovespa foi de R$ 17,770 bilhões, sendo R$ 17,433 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado disponível, na 4ª feira, 14.03, a saída líquida de capital estrangeiro da bolsa foi de R$ 234,425 milhões, acumulando saldo negativo de R$ 3,043 bilhões em março. Em 2018, a Bovespa o saldo líquido acumulado cedeu a R$ 2,273 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IBGE informou que o volume de serviços variou -1,9% em janeiro, ante +1,5% (revisto de +1,3%) em dezembro, e oscilou -1,3% ante janeiro de 2017 (+0,6% em dez-16/dez/15). O indicador passou a acumular -2,7% em 12 meses.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário), que chegou a se aproximar de R$ 3,30, navegou pela manhã ao redor da estabilidade. Na parte da tarde, cedeu para campo negativo acompanhando seu comportamento no mercado internacional.
A moeda fechou a R$ 3,2770 (-0,27%), acumulando +0,80% na semana, +1,11% no mês, -1,15% no ano e +5,07% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos subiu a 147 pts, frente a 146 da véspera.
Juros.
Alguns contratos de DIs mais curtos tiveram leves baixas, enquanto a parte média ficou estável. Já a ponta mais longa, a partir do DI Jan/26 também cedeu ligeiramente. Basicamente, os investidores permaneceram hoje em compasso de espera.
Para a semana
Brasil: IPC FIPE, IGP-M, Atividade econômica – Bacen, Balança comercial, Confiança industrial CNI, Taxa Selic - Decisão Copom, Confiança do Consumidor / FGV, IPCA-15/ IBGE, Saldo em conta corrente, Investimento Estrangeiro Direto;
EUA: Saldo em conta corrente, Vendas de casas usadas, Taxa de juros - Decisão FOMC, PMI Manufatura, Índice antecedente, Pedidos de bens duráveis, Vendas de casas novas;
Alemanha: PMI Manufatura;
França: PMI Manufatura;
Reino Unido: IPC A/A, Taxa do Banco da Inglaterra (BoE);
Japão: PMI Manufatura, IPC.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 16.03.2018, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e WESLEY BERBABÉ, CNPI, ambos integrantes da equipe do BB Investimentos
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