Diário do Mercado na 2ª feira, 22.01.2018
Exterior favorece e Ibovespa fecha em nova máxima histórica
Resumo.
O dia teve agenda esvaziada, em um semana mais curta para o mercado acionário, devido ao fechamento da Bovespa no feriado da próxima quinta-feira, dia 25, na cidade de São Paulo.
Então, o fato que movimentou os mercados pelo mundo foi a paralisação do governo norte-americano desde o último sábado, 20.01, pela não aprovação pelo Senado local de uma extensão provisória do orçamento federal.
O impasse seguiu norteando os negócios hoje mas foi resolvido após às 16h, após acordo entre republicanos e democratas da aprovação pelos senadores do projeto de lei que reabriu os órgãos federais até o próximo dia 8 de fevereiro, enquanto se desenrolam negociações, pois ainda falta o Senado efetivar uma votação final sobre o tema.
Assim, na hora e meia final, o índice doméstico, acompanhando o comportamento positivos das bolsas de Nova York, avançou e fechou na máxima do dia, marcando um novo recorde histórico de pontuação – o décimo do ano.
No mais, os agentes prosseguem monitorando e efetivando suas apostas em relação aos desdobramentos do julgamento do ex-presidente Lula, que ocorrerá na próxima 4ª feira, dia 22.
Ibovespa.
O índice sofreu correção de início, decaindo até pouco antes das 13h. A partir daí, foi reagindo, tornando-se logo positivo e com gradual tendência ascendente até seu fechamento – na máxima do dia e histórica, apoiado no melhor humor externo.
Destacadamente, o setor de bancos ganhou impulso e contribui ponderadamente para o índice brasileiro alcançar o novo recorde. Petrobras encerrou em alta e Vale em baixa.
O Ibovespa fechou aos 81.675 pts (+0,56%), acumulando valorização de +6,90% no mês (e no ano) e +26,59% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 7,758 bilhões, sendo R$ 7,552 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
Na 5ª feira, 18.01, a Bovespa apresentou ingresso líquido de capital estrangeiro no valor de R$ 389,399 milhões na bolsa, passando a acumular entrada líquida de R$ 5,303 bilhões em janeiro de 2018.
Agenda Econômica.
No Brasil, a balança comercial registrou superávit de US$ 345 milhões na terceira semana de janeiro, acumulando saldo positivo de US$ 1,837 bilhão neste mês - com exportações de R$ 10,840 bilhões e importações de 9,003 bilhões.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) principiou em baixa, devido ao imbróglio sobre o teto da dívida norte-americana. Entretanto, com foi recuperando terreno ainda pela manhã e passou a navegar levemente positivo na parte da tarde, ascendendo um pouco mais na hora final de negócios, com uma solução para o impasse nos EUA.
A moeda encerrou cotada a R$ 3,2080 (+0,25%), -3,23% no mês (e no ano) e -0,91% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos permaneceu em 149 pts, idêntico ao de sexta-feira (19).
Juros.
Os juros futuros tiveram ligeiras correções para cima hoje, partindo progressivamente da ponta mais curta para a mais longa em sua curva de estrutura a termo.
Para a semana.
Brasil: IPCA-15, FGV Confiança do Consumidor, Invest. Estrang. Direto, Saldo conta corrente; Result. primário gov. central; Coleta de impostos e CAGED - Criação de empregos formais;
EUA: PMI Manufatura, Vendas casas usadas, Balança comercial, Estoques no atacado e no varejo, Vendas casas novas, Índice antecedente, PIB, Consumo pessoal e Pedidos bens duráveis;
BCE – taxa de juros;
Alemanha, França e zona do euro: PMI manufatura;
Japão: BoJ – Taxa de juros, PMI manufatura e IPC.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 22.01.2018, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RICARDO VIEITES, CNPI, ambos da equipe do BB Investimentos
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