Diário do Mercado na 4ª feira, 01.11.2017
Ibovespa tem terceira queda consecutiva
Resumo.
Na véspera do feriado, o Ibovespa completou o terceiro pregão seguido de baixa. Em meio ao cenário de incertezas sobre o prosseguimento da agenda de reformas, os investidores aproveitaram para continuar realizando os lucros depois de quatro meses de ganhos.
No exterior, o Fomc decidiu pela manutenção da taxa dos Fed Funds na faixa de 1,00% e 1,25% - conforme previa o mercado. O comunicado acabou reforçando a expectativa de elevação dos juros na próxima reunião, em dezembro.
Já a aguardada apresentação da reforma tributária de Trump foi adiada para 5ª feira, 02.11, os agentes especulam que o atraso é indício de mudanças no plano, podendo torná-lo menos arrojado.
Ademais, o mercado segue na expectativa do resultado do payroll (criação de vagas nos EUA), bem como da indicação do nome que substituirá o comando do Fed em 2018, que deverá sair até o fim desta semana.
Ibovespa.
O índice abriu a sessão ascendente, influenciado pela alta das commodities, depois de dois pregões seguidos de baixa. A máxima intradiária foi atingida no início da tarde, aos 75.199 pts (+1,19%), a partir daí a tendência se reverteu abrindo espaço para realizações e o Ibovespa encerrou em terreno negativo. Ambev, Bradesco, Itaú e Banco do Brasil pesaram negativa no índice, enquanto Petrobras (mesmo com a reversão nos preços do barril do petróleo) e Vale valorizaram.
O Ibovespa fechou aos 73.823 pts (-0,65%), acumulando +22,52% no ano e +16,58% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 9,937 bilhões, sendo R$ 9,679 bilhões no mercado à vista.
Na 2ª feira, 30.01, o investidor estrangeiro retirou R$ 587,313 milhões da bolsa, aumentando o saldo negativo de outubro para R$ 1,489 bilhão. No ano, o ingresso estrangeiro líquido acumula R$ 13,293 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, a produção industrial (IBGE) cresceu +0,20% em setembro, ante recuo de -0,7% em agosto – abaixo da projeção (+0,6%). Na comparação anual, a produção subiu +2,6%.
Já a utilização da capacidade instalada (CNI) caiu de 77,7% em agosto para 77,5% em setembro. O PMI Manufatura avançou aos 51.2 pts em outubro, frente a 50.9 pts registrado em setembro.
A balança comercial findou outubro com superávit de US$ 5,201 bilhões, resultado de US$ 18,877 bilhões em exportações e US$ 13,676 bilhões em importações.
Nos EUA, o PMI Manufatura subiu ligeiramente aos 54.6 pts em outubro, ante 54.5 pts em setembro – acima do consenso de 54.5 pts. O Fomc decidiu manter a taxa dos Fed Funds na faixa de 1,00% e 1,25%, em linha com o consenso de mercado.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) principiou ascendente, registrando a máxima do dia aos R$ 3,2910 ainda pela manhã. A partir daí perdeu força e circundou o patamar da abertura até o fim da sessão.
A divisa encerrou cotada a R$ 3,2620 (-0,28%), acumulando +0,31% no ano e +0,71% em 12 meses.
Risco País. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos cedeu ligeiramente aos 171 pts, ante 172 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular com significante alta nos vértices de médio e longo prazos, enquanto as taxas curtas ficaram mais próximo da estabilidade.
Para a quinta-feira.
Nos EUA: produtividade de produtos não-agrícolas e custo da mão-de-obra; China: Caixin China PMI Composto e Caixin China PMI Serviços; Zona do Euro: PMIs da Alemanha, França e região; Reino Unido: Taxa do Banco da Inglaterra.
Para a sexta-feira. Nos EUA: variação folha de pag. não agrícola (payroll), taxa de desemprego, média de ganhos por hora e pedidos de bens duráveis.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 01.12.2017, elaborado por JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, e RICARDO VIEITES, ambos integrantes da equipe do BB Investimentos.
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