BNDES devolve R$ 33 bilhões ao Tesouro Nacional
Receituário e Ideário neoclássico da Casa das Garças -- instituto que reúne a fina flor da ortodoxia estúpida entre os economistas do País, vinculado à PUC-RJ -- é seguido ao pé da letra pela quadrilha que domina o Estado Brasileiro: diminuição do tamanho do BNDES até o limite mínimo em favor dos interesses de bancos como ITAÚ, BRADESCO, SANTANDER, os grandes beneficiários do golpe de estado de 2016. O passo seguinte será a venda do BANCO DO BRASIL ao setor privado internacional e a privatização da CAIXA por meio do lançamento de suas ações em bolsa de valores; tudo isso em detrimento da indústria e do comércio que recorrem aos bancos públicos, diante os elevados níveis dos juros cobrados pelos bancos privados. O objetivo é desarmar totalmente o Estado Brasileiro frente às investidas do mercado que tudo quer e tudo pode: parcelas cada vez maiores da Renda Nacional entregues aos bancos e aos rentistas.
O BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social comunicou, nesta 5ª feira, 28.09, ter depositado R$ 33 bilhões como resgate antecipado de dívidas da instituição com o governo federal.
O total previsto a ser resgatado este ano é de R$ 50 bilhões, segundo anunciou, no último dia 21, o diretor da Área Financeira e Internacional do banco, Carlos Thadeu de Freitas.
A operação foi efetivada com depósito de R$ 18 bilhões em moeda corrente e R$ 15 bilhões em títulos públicos federais. Os termos da liquidação antecipada foram acertados com os ministérios da Fazenda e do Planejamento, “e após profunda análise das viabilidades e dos impactos financeiros inerentes”, informou o banco.
Em nota, o BNDES esclareceu que a decisão colegiada da diretoria levou em conta três fatores que incluem “contribuir com os esforços para conter a dívida bruta da União; assegurar a capacidade do BNDES de atender à demanda por crédito necessária ao desenvolvimento do país; e manter o alinhamento com as determinações do Tribunal de Contas da União (TCU)”.
A operação foi aprovada pelo Conselho de Administração do BNDES, que reafirmou que o alinhamento da instituição com o TCU “é absoluto”.
De acordo com Carlos Thadeu de Freitas, a próxima parcela a ser devolvida ao Tesouro Nacional, no valor de R$ 17 bilhões, deverá ser depositada em outubro.