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Economia e Finanças

Terça-Feira, Dia 12 de Setembro de 2017 as 02:09:09



SELIC - Economistas do Itaú comentam decisão do COPOM


Sem surpresas agora, desaceleração do ritmo depois 
 
 
O Comitê de Politica Monetária (Copom) entregou o que se esperava: um corte de 1,00 p.p., levando a taxa Selic para 8,25% a.a.
 
 
O Comitê de Politica Monetária (Copom) entregou o que se esperava: um corte de 1,00 p.p., levando a taxa Selic para 8,25% a.a.
 
O comunicado indica redução moderada do ritmo de cortes à frente. Baseado no padrão de comunicação deste Copom, isto sinaliza que o corte de outubro será de provavelmente 0,75 p.p., levando a Selic para 7,5% a.a.
 
Em seguida, o Copom fecharia o ano com outro corte de 0,50 p.p., com a Selic alcançando 7,0% a.a., em um final gradual do ciclo.
 
Logo, alteramos nossa projeção de fim de ano de 7,25% para 7,0%. Como sempre, o racional da decisão será explicado em mais detalhe na ata do Copom, a ser publicada na próxima terça-feira, 08h30min, horário de Brasília.
 
 
Detalhes
 
No comunicado, o Comitê afirma que os dados divulgados desde a última reunião são consistentes com a recuperação gradual da atividade econômica – indicando que, na visão do Copom, a economia já superou a fase de estabilização. Não há indicação de que o aumento na incerteza sobre as reformas e o ajuste fiscal pode ter implicações negativas sobre a atividade.
 
O cenário externo ainda é considerado favorável, na medida em que a recuperação da atividade econômica global, que não é mais considerada gradual, ainda não pressiona as condições financeiras nas economias avançadas, mantendo o apetite ao risco em relação a economias emergentes.
 
O Comitê avalia que o comportamento da inflação permanece bastante favorável (apenas favorável, anteriormente), com diversas medidas de inflação subjacente em níveis baixos, incluindo os componentes mais sensíveis à política monetária (leia-se preços de serviços). O Comitê destaca o nível da inflação, mas não menciona mais a desinflação.
 
As expectativas de inflação apuradas pela pesquisa Focus aumentaram para em torno de 3,4% para 2017 e permaneceram em 4,2% para 2018 e 4,25% para 2019. Quanto às projeções do próprio Copom, a inflação no cenário de mercado recuou para 3,3% em 2017 e aumentou para 4,4% em 2018, assumindo que a taxa de juros termina 2017 em 7,25%, recua para 7,00% no começo de 2018 e depois eleva-se para 7,50% ao final de 2018.
 
O Copom enfatiza que este cenário central envolve fatores de risco em ambas as direções. Os principais riscos de baixa para a inflação são possíveis efeitos secundários do contínuo choque favorável nos preços de alimentos e da inflação de bens industriais em níveis correntes baixos, bem como a possível propagação, através de mecanismos inerciais, do nível baixo de inflação corrente.
 
Os riscos de alta incluem uma frustração relacionada à agenda de reformas, que pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação, e uma reversão do cenário externo favorável.
 
Importante, o comitê entende que a conjuntura econômica prescreve política monetária estimulativa, com taxas de juros abaixo da taxa estrutural (leia-se neutra). Também destaca que as reformas, como as recém-aprovadas mudanças na área de crédito (uma referência à nova taxa de juros de longo prazo do BNDES, TLP) contribuem para reduzir as estimativas da taxa de juros estrutural.
 
O Copom observa que as condições econômicas permitiram a manutenção do ritmo de flexibilização monetária nesta reunião. Para a próxima reunião, o comitê declara que, caso o cenário básico evolua conforme esperado, e (importante) em razão do estágio do ciclo de flexibilização, seria adequada uma redução moderada na magnitude de flexibilização monetária – incrementos moderados significam, a julgar por padrões de comunicação recentes, incrementos de 0,25 p.p.
 
Com ressalvas habituais de que esta é a visão do Copom neste momento e que as decisões futuras dependerão da atividade econômica, estimativas da extensão do ciclo, etc., o comitê antevê encerramento gradual do ciclo de cortes na taxa de juros.
 
Uma economia em recuperação e a inflação que está (provavelmente) no piso deste ciclo dão suporte à intenção do Copom de diminuir a velocidade e, eventualmente, encerrar o ciclo, que por ora acreditamos ser uma sequência de cortes de 0,75 p.p. em outubro e 0,50 p.p. em dezembro, com a Selic em 7,0% ao final do ano, alcançando seu nível histórico mais baixo.
 
O racional da reunião do Copom será explicado com mais detalhes na divulgação da ata na próxima terça-feira, 12 de setembro, às 08h30min, horário de Brasília.
 
 
 
Confira no anexo a integra do relatório preparado pelo Departamento Econômico do ITAÚ BBA
 
 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: ITAU BBA





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