Demanda por prêmios de risco recuam acentuadamente e enfraquecem juros longos
Prosseguindo com o cenário doméstico favorável -- pontuado pelo PIB em sinal positivo e pela inflação enfraquecida --, também os últimos desdobramentos do quadro político-fiscal têm contribuído para reforçar o otimismo dos agentes, tanto na renda fixa, quanto na Bolsa e no câmbio.
Neste contexto, à medida em que os diversos eventos convergem para a consecução da agenda das reformas, os investidores calibram novas posições no mercado de juros, demandando menores prêmios de risco, e registram estimativas mais favoráveis na compilação do Relatório Focus.
Dessa forma, também os contratos de juros longos começaram a ceder, passando a recuar seus yields e a melhorar o risco expresso pela inclinação positiva da curva DI.
Até então, apenas os rendimentos curtos e médios vinham se reduzindo, em linha com o sistemático abrandamento da inflação e das estimativas para a taxa Selic.
Neste momento, portanto, alinham-se a percepção de menor risco Brasil medido pelo prêmio da curva DI e a consistente queda do CDS Brasil de 5 anos, cuja análise gráfica já antecipava esta sinalização.
A propósito, após o CDS ter perdido o fundo calculado no último estudo, em 182 pontos, os padrões gráficos atuais apontam para novas quedas, em direção ao suporte em 153 pontos.
Confira no anexo a íntegra do relatório RENDA FIXA - Análise Semanal do Mercado, elaborado por RENATO ODO, CNPI-P Analista Sênior, do BB Investimentos