Resultado influenciado por queda da inflação, saques do FTGS e melhora no ritmo de contratações
As vendas no varejo restrito avançaram 1,2% em junho, em termos dessazonalizados. O resultado ficou acima da nossa projeção e da mediana das expectativas (0,4%).
As vendas no conceito ampliado (que inclui veículos e materiais de construção) avançaram 2,5% no mês, também acima da mediana das expectativas (1,8%) e da nossa projeção (1,3%). O resultado forte foi disseminado, com altas na margem em oito dos dez componentes.
O desempenho recente é reflexo da queda da inflação (que aumenta a renda real das famílias), da redução das taxas de juros e do saque das contas inativas do FGTS. A melhora no ritmo de contratações também ajuda a explicar a recuperação.
Olhando à frente, projetamos que as vendas no varejo sigam em tendência de recuperação nos próximos meses. No entanto, os primeiros indicadores coincidentes são consistentes com uma projeção preliminar de queda de 0,4% das vendas do varejo (conceito restrito) em julho, o que não é suficiente para interromper a tendência.
Resultado forte e acima das expectativas
As vendas no varejo restrito avançaram 1,2% na comparação mensal dessazonalizada em junho, acima da mediana das expectativas e do nosso cenário (ambos em 0,4%). Na comparação anual, houve alta de 3,0%, a terceira alta consecutiva após 24 meses em terreno negativo.
O volume de vendas do varejo no conceito ampliado subiu 2,5% no mês em termos dessazonalizados, também acima da mediana das expectativas (1,8%) e do nosso cenário (1,3%). Na comparação anual, o indicador mostrou alta de 4,3%.
O resultado de junho mantém a variação trimestral positiva (ver gráfico).
Abertura mostra crescimento disseminado
Dos dez componentes do varejo ampliado, oito apresentaram alta no mês. Apenas os setores de supermercados (-0,4%) e “equipamento e material para escritório e informática” (-2,6%) recuaram no mês.
O destaque de alta no varejo ampliado foi o setor de veículos, que avançou 3,8% em junho após subir 2% no mês anterior.
Coincidentes sinalizam ligeiro recuo do varejo restrito em julho
Os primeiros indicadores coincidentes (índices de atividade do comércio, licenciamento e vendas de veículos, sondagens do comércio e do consumidor) sinalizam recuo dessazonalizado de 0,4% do varejo restrito.